Enfermagem Florence

Caxumba

Tempo de leitura: 4 minutos

O que é caxumba?

A caxumba é uma doença infecciosa causada por um vírus do gênero Paramyxovirus. Essa infecção atinge as glândulas salivares parótida, sublingual e submandibular.

Assim, o aspecto clínico da criança ou do adulto infeccionado pelo vírus causador da caxumba é bastante característico: a região dessas glândulas aparece bastante inchada, com a região frontal do pescoço bastante edemaciada.

glandulas parotidas - Caxumba

 

Causas

O vírus causador da caxumba, Paramyxovirus, da classe rubulavirus atinge predominantemente as glândulas parótidas, sendo as maiores glândulas salivares, ou seja, responsáveis pela produção de saliva na boca.

Fatores de risco

Na maioria das vezes, a doença se manifesta na infância, mas em adultos não vacinados e que têm contato com crianças com a infecção, a doença também se manifesta em adultos.

Existe vacina específica contra a caxumba, a qual faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde, sendo essa vacina oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde, espalhadas pelo país.

Um fator importante é que a criança contaminada pode transmitir o vírus causador da caxumba uma semana antes de aparecerem os sintomas e ainda 9 dias após os sintomas.

Dessa forma, recomenda-se nesse período que o doente fique isolado, se for uma criança, que fique afastado da escola para reduzir o índice de transmissão da doença.

Sintomas

Os sintomas da caxumba são bastante clássicos e auxiliam no diagnóstico da doença, o qual, muitas vezes, é eminentemente clínico.

Com o aumento de volume das glândulas salivares, há dificuldade em engolir, acompanhada também dor no rosto, na cabeça e febre. Náuseas e vômitos também podem estar presentes.

Outros sintomas, os quais indicam prováveis complicações da doença, são pancreatite, inflamação nos testículos (no caso dos homens), denominada orquite, nos ovários (nas mulheres), chamada ooforite, e meningoencefalite (inflamação das meninges, tecidos que envolvem o cérebro).

Quando há inflamação nos testículos, é possível que resulte em esterilidade. É importante citar que o período de incubação viral é de 14 a 25 dias.

A transmissão se dá pelo contato direto com as secreções das vias aéreas superiores do paciente contaminado.

Como essa transmissão pode ocorrer vários dias antes das manifestações clínicas e depois dos sintomas, é essencial manter o paciente isolado, sem contato próximo com outras pessoas.

Em mulheres gestantes, a caxumba pode provocar abortamento nas 12 primeiras semanas de gestação. Portanto, as gestantes precisam ter bastante cuidado com a caxumba. O ideal é que sejam vacinadas, antes de engravidarem.

Diagnóstico

Para diagnóstico da caxumba, o exame clínico é predominante e essencial, visto que a manifestação clínica da doença costuma ser bastante clara.

Não existe um exame específico para diagnóstico da doença. O que se pode pedir são exames para a identificação de anticorpos no sangue, o que indica que a pessoa já teve contato com o vírus e assim, apresenta imunidade.

Pode-se também solicitar outros exames de sangue, para verificação que há uma inflamação viral em curso (algo observável no hemograma, por exemplo).

Tratamento

No caso da caxumba, não existem medicações específicas contra a doença. Há sim, medicações para alívio dos sintomas, como analgésicos e anti-inflamatórios, por exemplo.

É importante que o paciente fique em repouso e isolado, para diminuir a transmissão da doença. A doença, em si, é autolimitante, ou seja, com o passar dos dias, tem resolução sozinha. As medicações são para auxiliar o maior conforto do paciente com a infecção.

Prevenção da caxumba

A melhor forma de se prevenir a caxumba é através da vacinação. A vacina contra caxumba faz parte do Calendário Nacional de Vacinação, instituído pelo Ministério da Saúde.

Essa vacina está associada à vacina do sarampo e da rubéola, constituindo-se a vacina tríplice viral, indicada para crianças com 1 ano de vida e a segunda dose entre quatro e seis anos.

Adultos que não foram vacinados quando crianças têm indicações para serem vacinados.

No entanto, a vacina não deve ser aplicada em pacientes imunossuprimidos (por ser feita com vírus vivo, atenuado), bem como em gestantes.

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