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Esteatose hepática (Gordura no fígado)

Esteatose hepática (Gordura no fígado)

Tempo de leitura: 5 minutos

O que é esteatose hepática?

A esteatose hepática é popularmente conhecida como gordura no fígado. Embora seja normal o fígado apresentar um pouco de gordura, na esteatose, a gordura se infiltra nas células do fígado (hepatócitos) em quantidade acima de 5%.

Quando isso ocorre, o fígado aumenta de tamanho e fica com aspecto bastante amarelado. A doença ocorre com maior frequência na faixa etária dos 40 aos 50 anos.

Esse é um quadro reversível, porém, quando não tratado, pode evoluir para complicações bastante graves. Por isso, o diagnóstico precoce, bem como a aderência ao tratamento é essencial para que o paciente não tenha complicações devido ao quadro.

Causas

Existem duas causas mais genéricas da esteatose: consumo de álcool (rotineiro ou esporádico) e hábitos de vida não saudáveis, causadora da Doença Hepática Gordurosa Não-Alcoólica.

Falando especificamente da esteatose não-alcoólica, ou seja, daquela que não é causada pelo consumo de álcool, podemos citar como causas:

Fatores de risco

Indivíduos sedentários, acima do peso, são mais propensos ao desenvolvimento da esteatose hepática. Indivíduos com consumo de álcool frequente também tem maior tendência de desenvolver a doença.

Além disso, mulheres têm risco mais elevado, devido à produção natural do estrógeno.

Outros fatores de risco para o desenvolvimento da doença estão relacionados às raças orientais e hispânicas.

Por último, outras doenças metabólicas como hipotireoidismo e síndrome metabólica, por exemplo, aumentam os riscos de esteatose.

Sintomas

Nos quadros iniciais, a esteatose hepática não apresenta sintomas. Porém, com a evolução da doença, os seguintes sintomas podem aparecer:

Com o quadro de esteatose tornando-se ainda mais grave, os sintomas também tornam-se mais preocupantes:

Tipos de esteatose

A esteatose hepática pode ser classificada em diferentes graus, conforme a concentração de gordura no fígado.

Portanto, podemos descrever a esteatose de grau I (baixo acúmulo de gordura), grau II (moderado acúmulo de gordura) e grau III (grande acúmulo de gordura no fígado).

Diagnóstico

Para diagnosticar a esteatose hepática, podem ser utilizados exames de imagem mais simples, como o ultrassom, ou exames mais sofisticados, como a ressonância magnética.

Além disso, é importante realizar exames de sangue, para avaliar os outros marcadores de saúde daquele paciente, que podem contribuir para a piora do quadro.

Um exame bastante específico para diagnóstico da doença chama-se elastografia transitória. Nele, é medido o grau de elasticidade do tecido hepático, bem como a quantidade de gordura presente no órgão.

Há alguns casos, porém, em que uma biópsia é necessária, sobretudo quando há dúvidas sobre o tipo de lesão.

Dentre as especialidades médicas que diagnosticam a esteatose, estão o hepatologista, gastroenterologista, bem como o clínico geral.

Tratamento

É essencial que o paciente se conscientize sobre a importância do tratamento da doença, para evitar as complicações consequentes do seu desenvolvimento.

A maioria dos casos responde muito bem a mudanças no estilo de vida e alimentação saudável, além da prática de atividade física.

Mas, em alguns casos, alguns medicamentos podem ajudar. É o caso da vitamina E (de 400 a 800 UI), sobretudo nos casos de fibrose hepática.

Em pacientes diabéticos tipo 2, o uso de metformina também ajuda na melhora da esteatose.

Complicações da esteatose hepática

Quando não tratada adequadamente, a esteatose hepática pode trazer complicações. Dentre elas, podemos citar a esteato-hepatite, uma inflamação crônica do fígado.

A cirrose hepática também é outra preocupação e surge quando áreas do fígado são substituídas por tecidos fibrosados. Em casos mais graves, o fígado não se recupera da cirrose, sendo necessário o transplante do órgão.

E por último, o hepatocarcinoma (câncer do fígado), embora raro, é também uma das possíveis complicações da esteatose hepática.

Como prevenir a esteatose hepática?

Bons hábitos de vida são essenciais para a prevenção da doença. Portanto, mantenha-se no peso ideal e faça atividades físicas regularmente, optando por uma alimentação leve e saudável.

No caso de beber bebidas alcoólicas, restrinja o consumo para alguns poucos momentos durante a semana e não exagere na quantidade.

E se já tiver alguma comorbidade, como diabetes, por exemplo, mantenha a glicemia sob controle.

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