Fascite plantar

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O que é fascite plantar?

Fascite plantar, também conhecida como síndrome dolorosa subcalcânea, é a inflamação da fáscia plantar, um tecido fibroso que reveste músculos e ossos do pé. A fáscia é um tecido com elasticidade limitada. Assim, em determinadas situações, ela pode ficar inflamada, levando aos sintomas característicos da fascite plantar.

Sintomas

Pacientes com fascite plantar sentem muita dor na sola do pé, até o calcanhar, sobretudo após longos períodos em repouso. Em muitos casos, de fato, o paciente tem dificuldades de colocar o pé no chão, ao levantar ou após longos períodos sentados/deitados.

Além da dor na sola do pé, essa dor pode se estender para as panturrilhas, dependendo do caso, visto que a fáscia une a musculatura do pé, os ossos do pé, passando pelo ligamento calcâneo (tendão de Aquiles).

Por isso, em alguns casos, a dor do paciente também sobe para a região das panturrilhas. Assim, o paciente sente essa dor bastante aguda, ao levantar, que durante o dia vai diminuindo, estando bem suave ou ausente no período noturno, mas retorna logo ao acordar.

Causas

As causas da fascite plantar envolvem as seguintes condições:

  • Obesidade ou sobrepeso;
  • Uso constante de saltos altos;
  • Prática de esportes de alto impacto de maneira constante;
  • Falta de fortalecimento muscular adequado nas pernas e panturrilhas;
  • Biomecânica da corrida inadequada;
  • Presença de esporão calcâneo.

Diagnóstico

O diagnóstico de fascite plantar é eminentemente clínico. Esse diagnóstico deve ser feito pelo médico ortopedista, com a descrição dos sintomas pelo paciente.

Após a coleta de informações e histórico, o ortopedista fará a avaliação física desse paciente. Assim, o ortopedista fará a apalpação da fáscia, com o paciente demonstrando onde é o local de maior concentração de dor.

É importante que essa palpação da fáscia seja feita com dedos em dorsiflexão. Além disso, o ortopedista também deve avaliar a articulação do tornozelo, de modo ativo e passivo, para verificar se não há outras alterações presentes.

Exames de imagem servem para casos em que há outras suspeitas diagnósticas. Quando também se desconfia da presença de um esporão calcâneo, um exame de radiografia é bastante útil para seu diagnóstico.

A ressonância magnética também pode ser solicitada em casos de suspeita de rompimento da fáscia, situação bastante rara. Mas, em geral, o diagnóstico de fascite plantar não necessita de exames de imagem.

Fatores de risco

Algumas pessoas estão mais propensas ao desenvolvimento de fascite plantar. São elas:

  • Pessoas com obesidade ou sobrepeso;
  • Mulheres que usam salto alto diariamente e por longos períodos;
  • Mulheres que usam sapatos ou sandálias sem nenhum ou com pouco suporte, como sandálias rasteirinhas ou sapatilhas;
  • Praticantes de atividade física de alto impacto como corredores;
  • Atletas amadores que não fazem fortalecimento apropriado da musculatura dos membros inferiores;
  • Sedentarismo;
  • Pés cavos (com uma angulação muito pronunciada do arco do pé, o que deixa a fáscia plantar contraída e oferece pouco suporte da sola do pé em contato com o chão);
  • Presença de esporão calcâneo (contribui para a inflamação na fáscia);
  • Indivíduos com membros inferiores encurtados, ou seja, com pouca elasticidade nos ligamentos.

Tratamento de fascite plantar

O tratamento para fascite plantar é clínico. Só se considera cirurgia quando há raríssimos casos de ruptura da fáscia plantar.

No início, o ortopedista prescreverá medicação analgésica e anti-inflamatória, para retirar o paciente do quadro agudo de dor.

A seguir, sessões de fisioterapia também devem ser prescritas, para minimizar a inflamação local e devolver/melhorar a mobilidade do paciente.

Dessa forma, o fisioterapeuta fará um programa individualizado, com a utilização de técnicas como eletroestimulação transcutânea (TENS) e aplicação de laser, as quais minimizam a inflamação local.

Além disso, um plano de alongamento e fortalecimento muscular deve ser proposto, visando aliviar a tensão excessiva na fáscia e fortalecer a musculatura do pé e das pernas.

Outras formas de tratamento incluem aplicação de gelo na região, bem como acupuntura.

A diminuição da intensidade e frequência da atividade física de alto impacto também é importante durante o tratamento conservador. E os pacientes devem buscar utilizar calçados apropriados, com amortecimento adequado, durante a prática esportiva.

Por último, pacientes com obesidade ou sobrepeso apresentam melhora do quadro da fascite plantar ao perderem peso.

Como evitar fascite plantar?

De fato, algumas ações preventivas ajudam a evitar o aparecimento da fascite plantar.

  • Procure estar dentro do peso ideal para sua altura e idade;
  • Não fique longos períodos sentado (a), inativo (a);
  • Não utilize saltos altos;
  • Procure evitar usar calçados sem nenhum sistema de amortecimento. O ideal são saltos baixos ou até saltos médios;
  • Palmilhas podem ajudar a dar mais conforto e menos tensão na fáscia plantar;
  • Ao praticar atividades físicas de alto impacto, como a corrida, faça sempre exercícios de alongamento e fortalecimento muscular de membros inferiores;
  • Pratique atividades físicas de maneira regular. O sedentarismo também contribui para o aparecimento da fascite plantar.

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