Fundamentos do ENEMA na Prática de Enfermagem

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Fundamentos do ENEMA na Prática de Enfermagem

Vamos explorar sua definição, indicações, técnicas de realização e considerações importantes.
Prepare-se para adquirir conhecimentos valiosos sobre esse tema essencial para nossa profissão!

Definição e Fundamentos

O ENEMA, ou lavagem intestinal, consiste na introdução controlada de líquido no reto com o objetivo de limpar o intestino grosso. Essa técnica é frequentemente utilizada para preparo intestinal pré-cirúrgico, diagnóstico de patologias gastrointestinais, alívio de constipação e administração de medicamentos.

Indicações e Contraindicações

Entre as principais indicações do ENEMA estão a necessidade de esvaziamento intestinal antes de cirurgias ou exames, tratamento de constipação crônica, remoção de fezes impactadas e administração de medicamentos de forma direta no intestino.

No entanto, é importante avaliar as contraindicações, como perfuração intestinal, sangramento retal ativo e obstrução intestinal.

 

Técnicas de Realização do ENEMA: Passo a Passo

Existem diferentes tipos de ENEMA, como o de limpeza, de retenção e terapêutico, cada um com suas particularidades e objetivos. Durante a realização do procedimento, é essencial seguir protocolos de higiene, utilizar equipamentos estéreis e garantir o conforto e segurança do paciente.

Passo 1: Preparação do Paciente e do Ambiente

  • Antes de iniciar o procedimento, explique ao paciente sobre o que será feito e obtenha seu consentimento.
  • Posicione o paciente de lado, com os joelhos flexionados em direção ao abdômen para facilitar a inserção do tubo retal.
  • Prepare o ambiente, garantindo privacidade, conforto e disponibilidade de materiais necessários.

Passo 2: Escolha do Tipo de ENEMA e Preparação da Solução

  • Avalie a indicação clínica e escolha o tipo de ENEMA mais apropriado para o paciente, como o ENEMA de limpeza, de retenção ou terapêutico.
  • Prepare a solução de acordo com as orientações médicas, utilizando água morna, solução salina ou óleo mineral, conforme necessário.

Passo 3: Preparação dos Materiais

  • Reúna os materiais necessários, incluindo um recipiente para a solução, um tubo retal ou sonda, luvas estéreis, lubrificante à base de água, toalhas limpas e um recipiente para coleta de fezes.

Passo 4: Higiene das Mãos e Colocação das Luvas

  • Realize a higienização das mãos de acordo com as diretrizes de controle de infecções.
  • Coloque as luvas estéreis para garantir a assepsia durante o procedimento.

Passo 5: Lubrificação e Inserção do Tubo Retal

  • Aplique uma quantidade suficiente de lubrificante à base de água na extremidade do tubo retal ou sonda.
  • Com cuidado e gentileza, insira o tubo retal no reto do paciente, seguindo as orientações do fabricante e evitando causar desconforto ou lesões.

Passo 6: Administração da Solução

  • Mantendo o tubo no lugar, eleve o recipiente com a solução a uma altura adequada para permitir o fluxo por gravidade.
  • Administre a solução de forma lenta e gradual, observando a tolerância do paciente e interrompendo se houver sinais de desconforto excessivo.

Passo 7: Monitoramento e Observação

  • Durante a administração da solução, mantenha-se atento aos sinais vitais do paciente e à sua resposta ao procedimento.
  • Observe e documente a quantidade de solução administrada e qualquer reação adversa apresentada pelo paciente.

Passo 8: Retenção e Eliminação das Fezes

  • Após a administração da solução, oriente o paciente a reter a solução pelo tempo necessário para que ocorra a ação desejada no intestino.
  • Auxilie o paciente, se necessário, durante o processo de eliminação das fezes e a limpeza do ânus após o procedimento.

Passo 9: Descarte Adequado dos Materiais e Registro do Procedimento

  • Descarte os materiais utilizados de acordo com as normas de biossegurança e controle de resíduos.
  • Registre o procedimento no prontuário do paciente, incluindo detalhes como o tipo de solução utilizada, quantidade administrada e resposta do paciente.

Passo 10: Avaliação Pós-procedimento e Orientações

  • Após o procedimento, avalie o paciente quanto à sua condição geral e quaisquer efeitos adversos do ENEMA.
  • Forneça ao paciente orientações adequadas sobre autocuidado, dieta pós-procedimento e possíveis efeitos colaterais esperados.

Considerações e Cuidados

Ao realizar um ENEMA, é fundamental avaliar a condição do paciente, verificar alergias a medicamentos, e realizar uma cuidadosa avaliação abdominal e retal. Durante o procedimento, mantenha comunicação constante com o paciente, monitorando sinais vitais e respondendo prontamente a quaisquer sinais de desconforto ou complicação.

Conclusão

Agora que exploramos os fundamentos do ENEMA na prática de enfermagem, espero que você se sinta mais confiante em realizar e compreender esse procedimento essencial. Lembre-se sempre da importância da segurança do paciente e da adesão aos protocolos estabelecidos. 

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