Hepatite B

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O que é hepatite B?

A hepatite B é uma doença infecciosa, causada por um vírus, Hepadnaviridae, transmitida pelo sangue e por secreções.

Ela é considerada uma doença sexualmente transmissível, mas há outras formas de transmissão da doença.

Formas de transmissão

  • Relações sexuais sem preservativo;
  • Uso de objetos pessoais cortantes (como lâminas de barbear) de alguém infectado;
  • Tatuagens ou colocação de piercings com objetos não esterilizados;
  • De mão para filho, durante a gestação e parto (denominada transmissão vertical);
  • Compartilhamento de seringas, usadas por usuários de drogas;
  • Transfusão de sangue, em período anterior a 1993, quando o sangue passou a ser rigorosamente testado, antes da transfusão.

Sintomas

A doença é, muitas vezes, silenciosa. Ou seja, o paciente não sabe que foi contaminado pelo vírus e com isso, não toma precauções para não contaminar outras pessoas.

Assim, o paciente pode permanecer sem diagnóstico por anos após a infecção. Quando os sintomas surgem, são parecidos com outras doenças crônicas do fígado.

E quando o quadro se torna pior, sintomas como vômitos, náuseas e febre são comuns. A icterícia não é muito comum em pacientes com esse tipo de hepatite.

Diagnóstico da hepatite B

Para diagnóstico da doença, é realizado um exame de sangue, para verificar a presença do marcador HbsAg, o antígeno da hepatite B.

As unidades básicas de saúde (UBS), espalhadas pelo Brasil, possuem testes rápidos para identificação da hepatite B.

A hepatite B pode ser aguda ou crônica. No caso da hepatite aguda, a doença tem curta duração.

Já na hepatite B crônica, a doença tem duração de mais de 6 meses. A diferença está no momento em que a pessoa foi infectada pelo vírus.

Os casos de hepatite B têm notificação compulsória, ou seja, um profissional da área da saúde deve informar o diagnóstico no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

A notificação compulsória é importante para o rastreamento de casos, bem como para o estabelecimento das políticas públicas para controle adequado da doença.

Tratamento

A hepatite B não tem cura. O tratamento visa evitar as complicações e a sobrevida do paciente com qualidade de vida.

Ao ser confirmado o diagnóstico da doença, se inicia o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite B e Coinfecções, estabelecido pelo Ministério da Saúde.

Nele, são prescritos ao paciente medicamentos antivirais específicos, distribuídos pelo próprio SUS. Dentre esses medicamentos estão alfapeginterferona, o tenofovir e o entecavir.

Também é importante evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e o uso indiscriminado de outros medicamentos, para evitar a toxicidade ao fígado.

Complicações da hepatite B

A doença pode evoluir para cirrose, câncer hepático e óbito.

Prevenção

A forma mais eficiente de se prevenir a doença é através da vacinação.

De fato, a vacina contra a hepatite B já faz parte do calendário infantil. Para as crianças, o esquema vacinal completo é de quatro doses – ao nascer, 2, 4 e 6 meses.

Já para a população adulta, são necessárias 3 doses e esta é uma vacina disponibilidade gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.

Após a aplicação das doses da vacina, é possível realizar um exame de sangue para verificar a presença de anticorpos contra a doença. Assim, sabe-se que a imunização foi feita da maneira adequada.

É importante também sempre utilizar preservativo nas relações sexuais e não compartilhar objetos cortantes de uso pessoal.

Dessa forma, em caso de diagnóstico positivo, o paciente deve ter cuidado em seguir o tratamento corretamente e avisar seus parceiros/parceiras para serem testados e se vacinarem.

No caso das gestantes, um dos exames solicitados durante o pré-natal é o de testagem para hepatite B. Assim, a gestante fica protegida em não transmitir ao feto a doença, caso teste positivo.

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