Doença de Parkinson

A doença de Parkinson, também chamado popularmente de mal de Parkinson, é uma doença neurodegenerativa, progressiva do sistema nervoso central.

Ela é causada pela diminuição considerável de níveis de dopamina no organismo. A dopamina é um neurotransmissor, ou seja, uma substância química importante para o bom funcionamento do organismo.

No caso, a dopamina é essencial para que o organismo realize movimentos voluntários de forma automática, ou seja, quando não precisamos pensar para realizar tal movimento.

Quando há falta de dopamina, sobretudo em uma área do cérebro denominada substância negra, o controle voluntário do indivíduo é perdido.

Sem tratamento, a doença de Parkinson pode levar o indivíduo à invalidez, mas com o avanço da Medicina e medicamentos, é possível conviver com a doença por um tempo e ainda ter qualidade de vida.

No Brasil, acredita-se que haja ao menos 200 mil indivíduos com doença de Parkinson, mas esse número pode ser bem maior, chegando até a 600 mil pacientes. É difícil saber exatamente a quantidade de indivíduos afetados pela doença, uma vez que ela não tem notificação compulsória.

Mas, acredita-se que a doença de Parkinson seja a segunda doença neurodegenerativa que mais afeta pessoas no Brasil.

Causas

Não se sabe exatamente porque algumas pessoas desenvolvem a doença de Parkinson. Acredita-se que haja fatores genéticos e ambientais ligados ao desenvolvimento da doença.

Em geral, a doença aparece em indivíduos idosos. Portanto, com o envelhecimento da população, a tendência é que haja um aumento no número de casos diagnosticados com o passar dos anos.

Mas, existem casos de indivíduos mais jovens que desenvolveram o mal de Parkinson.

Sintomas

Muitas vezes, é necessário diferenciar a Doença de Parkinson do parkinsonismo ou síndrome parkinsoniana.

Isso porque, em algumas vezes, alguns sintomas que levam a pensar na Doença de Parkinson, na verdade, são causadas por outras razões, como, por exemplo, o consumo de alguns medicamentos.

Esse é o caso do chamado tremor essencial, presente em alguns indivíduos, mas que regride quando os medicamentos são substituídos e quando os membros apresentam-se parados, ao contrário do sintoma da doença de Parkinson.

No caso específico da doença de Parkinson, os sintomas tradicionais são:

Tremores, sobretudo nos membros superiores, quando se está parado (tremores de repouso);
Lentidão nos movimentos;
Dificuldade de realização dos movimentos;
Rigidez nas articulações;
Alterações presentes somente em um lado do corpo;
Confusão mental;
Desequilíbrio;
Depressão;
Dificuldades para executar atividades que exigem maior precisão, como a escrita;
Sintomas não-motores, como a diminuição do olfato e do sono, por exemplo.

Diagnóstico

O diagnóstico da doença de Parkinson é feito pelo médico, geralmente o especialista em neurologia.

São colhidas informações sobre a saúde do paciente e solicitados exames de imagem, tais como ressonância magnética do sistema nervoso central, servindo para diagnóstico diferencial.

Um exame específico, denominado tomografia computadorizada por emissão de fóton-único é ideal para quantificar a dopamina no cérebro.

Tratamento

O tratamento da doença de Parkinson é sintomático, ou seja, as medicações são úteis para tratar os sintomas, permitindo que o paciente tenha uma qualidade de vida melhor.

Mas as medicações não conseguem impedir totalmente a progressão da doença.

Junto com as medicações, é importante que o paciente tenha uma equipe multiprofissional adjuvante ao seu tratamento, que inclui fisioterapeuta, fonoaudiólogo, suporte psicológico e nutricional, por exemplo.

A incorporação ou manutenção de atividade física regular também é importante para manutenção da qualidade de vida.

Assim, o paciente conseguirá ter uma vida com qualidade por vários anos.

Como prevenir a doença de Parkinson?

Infelizmente, não é uma maneira direta de prevenir o mal de Parkinson. É importante que o indivíduo tenha uma vida saudável, com alimentação saudável, sem beber e fazendo atividade física regular.

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