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O que é apendicite?
O apêndice é um órgão localizado do lado direito inferior, próximo ao intestino grosso. Ele não possui nenhuma função importante no organismo, sendo caracterizado como uma pequena bolsa que sai do cólon. Quando ele se inflama, temos a condição conhecida como apendicite.
Sintomas
O primeiro sintoma, clássico, de apendicite é uma dor bastante aguda na região direita inferior, próximo ao quadril, região denominada fosse ilíaca direita. A dor é tão intensa que algumas pessoas não conseguem nem ficar de pé. A barriga também se apresenta inchada.
Além disso, o paciente também pode sentir enjoos e náuseas, além de flatulência e dificuldades de digestão. Outros sintomas incluem suar frio, tremores e bastante dor no local, que fica bem sensível à palpação.
Também podem estar presentes febre, em geral, por 2 dias e mal-estar generalizado.
Os sintomas, por a princípio serem inespecíficos, podem dificultar o diagnóstico imediato. Assim, um caso de apendicite pode ser confundido com uma intoxicação alimentar ou no caso das mulheres, cólica menstrual.
Causas
A principal causa que leva ao desenvolvimento de apendicite é a obstrução do apêndice por restos de fezes ou por retenção de gordura. Outras doenças podem levar à apendicite, como é o caso de pólipos e tumores na região do intestino, que podem obstruir o apêndice.
Em casos mais raros, até fragmentos de alimentos, como sementes de pipoca ou melancia, podem obstruir o apêndice, levando à inflamação.
Diagnóstico
Ao chegar com sintomas, o paciente deve ser analisado por um médico, que pode suspeitar de apendicite ao fazer um exame de palpação na região do apêndice. Como essa região estará inflamada, o paciente logo indicará o desconforto.
Exames de imagem também podem auxiliar no diagnóstico, para verificar a inflamação do apêndice.
Assim, no caso de suspeita de apendicite, o exame de ultrassom abdominal pode indicar a inflamação na região. Em alguns casos, pode-se optar pela tomografia computadorizada da região também.
Tratamento
Apendicite é uma condição clínica que necessita de diagnóstico e tratamento rápido. O tratamento de escolha para todos os casos de apendicite é a cirurgia de remoção do apêndice, denominada apendicectomia.
Como é a cirurgia de remoção de apêndice?
A apendicectomia é uma cirurgia considerada simples, porém requer internação hospitalar e anestesia geral. É também uma cirurgia de emergência bastante comum.
De fato, as apendicectomias ocupam o primeiro lugar dentre as mais frequentes cirurgias de emergência no mundo. O problema de inflamação do apêndice atinge uma a cada 500 pessoas no mundo.
A maior dificuldade e possíveis complicações do processo cirúrgico ocorrem quando há ruptura do apêndice e não somente a inflamação do órgão.
Mas, de maneira geral, é uma cirurgia que não apresenta uma recuperação difícil, podendo ser realizada por videolaparoscopia. Outra opção, em casos mais complexos, é a cirurgia de campo aberto.
Recuperação da cirurgia de apendicite
Em geral, a recuperação da cirurgia de apendicite em âmbito hospitalar, pode levar de 3 5 dias, quando não há nenhuma infecção pós-cirúrgica.
Quando é feita a videolaparoscopia para cirurgia de apendicite, a recuperação do paciente é mais rápida e a cirurgia apresenta menos riscos de infecção.
O paciente é medicado com antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos e recebe alta hospitalar após alguns dias da cirurgia, na ausência de sinais de infecção e com funcionamento regular do intestino,
Complicações da apendicite
Em casos de apendicite, é essencial que o diagnóstico seja feito rapidamente, bem como o procedimento cirúrgico de remoção do apêndice.
Porém, quando isso não ocorre, a apendicite pode evoluir para a ruptura do apêndice, a qual leva à contaminação da cavidade abdominal.
Com isso, pode-se desenvolver rapidamente um quadro de peritonite e abscesso na região abdominal, evoluindo para sepse. Daí a importância que o caso seja tratado rapidamente.
Como identificar um caso de apendicite?
Muitas vezes, identificar um caso de apendicite não é fácil, visto que os sintomas podem se confundir com outras patologias, como gastroenterite, intoxicações alimentares, dentre outras.
Com a história da doença relatada pelo paciente, o médico fará um exame físico, com uma manobra clássica na Medicina, para identificação de apendicite. É a palpação do abdômen, na região direita inferior, para identificar o sinal e Blumberg.
O sinal de Blumberg é característico de apendicite, que representa a piora da dor na região direita, quando a barriga sofre compressão.
Para o diagnóstico diferencial, é importante aliar exames de imagem. No caso das mulheres, por exemplo, a dor pode ser como uma cólica, ou devido à presença de cistos nos ovários, ou até infecção nas trompas uterinas.
Nas crianças, apendicite pode ocorrer mais comumente em crianças acima de 5 anos. Um sintoma a mais, nesses casos, é a prostração da criança, que perde o entusiasmo e começa a se movimentar mais lentamente. Isso, em associação aos sintomas já descritos anteriormente.
Não há prevenção para a doença. Além disso, o tratamento com medicamentos e não com cirurgia apresenta alto grau de falhas.
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