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Aleitamento materno
Fornecer o leite materno para bebês é a melhor forma de prevenir doenças, estimular a proteção, dada pelo sistema imunológico e também evitar a mortalidade infantil. Portanto, o aleitamento materno é ideal para a saúde do bebê.
De fato, o leite materno é a fonte ideal de nutrição para recém-nascidos e a forma de proteção mais econômica de garantir saúde para os bebês. Além disso, o aleitamento materno contribui em 13% na redução da mortalidade infantil em crianças até 5 anos.
Qual é a importância do aleitamento materno?
O aleitamento materno é muito importante para o bebê. Dessa forma, o Ministério da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até 6 meses e depois que a mãe continue amamentando seu filho, com a introdução de novos alimentos, até 2 anos.
Assim, o leite materno garantirá proteção contra doenças, tais como diarreia, infecções respiratórias, alergias, além de minimizar o risco de desenvolver, no futuro, hipertensão, obesidade e diabetes.
É importante citar que também há transferência, pelo leite materno, de anticorpos da mãe para o filho. Esses anticorpos estão presentes no leite materno produzido nos primeiros dias após o parto, denominado colostro.
Fora isso, durante o aleitamento materno, há o estabelecimento de um vínculo importante entre mão e filho (a). Portanto, dar de mamar oferece muitos mais benefícios do que somente o que contêm a composição do leite materno.
Tipos de aleitamento materno
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o aleitamento materno em tipos diferentes:
Aleitamento materno exclusivo
Quando o bebê só se alimenta do leite materno, sem consumir nenhum outro tipo de alimento ou líquido, nem água ou chás, por exemplo.
Complementado
Quando há o oferecimento de outros alimentos, como sucos, chás ou água, complementando o aleitamento materno.
Nesse tipo de aleitamento materno, pode existir a predominância do aleitamento sobre outros alimentos (denominado aleitamento predominante) ou então ser parcial (quando há outros tipos de leite, que não o materno, como leite de vaca, ofertados à criança).
Desenvolvimento do leite
O leite materno passa por algumas fases após o nascimento da criança. Assim que a criança nasce, por parto vaginal, por exemplo, há liberação de mediadores químicos que estimulam a produção natural do leite pela mãe.
Em caso de parto do tipo cesária, essa produção pode demorar algumas horas para acontecer, às vezes até dias.
Dessa forma, podemos dividir o leite materno em subtipos, conforme o momento que são produzidos pela mãe:
1 – Colostro
É o leite de coloração bem amarelada, produzido entre o primeiro e o quinto dia após o parto. Em sua composição, há imunoglobulinas do tipo IgA, IgG e IgM, as quais protegem o bebê contra infecções.
Assim, o colostro é considerado essencial para a imunização das crianças nos primeiros dias de vida.
2 – Leite de transição
Produzido entre o sexto e o décimo quinto dia após o parto. Apresenta coloração branca, opaca e em sua composição, há gorduras, lactose e outros nutrientes importantes.
3 – Leite maduro
Tem sua produção a partir do décimo quinto dia após o parto. É considerado o leite ideal, pela rica composição de nutrientes e gordura. Tem coloração entre branco e amarelo.
Benefícios do aleitamento materno
Já há diversos estudos científicos que comprovam os múltiplos benefícios do aleitamento materno. Dentre eles, pode-se citar:
- Menor risco à obesidade, diabetes e hipertensão no futuro;
- Promove melhora no desempenho cognitivo;
- Diminui o risco de alergias e infecções nos bebês;
- Reduz a mortalidade infantil;
- Auxilia no desenvolvimento da cavidade bucal.
A importância da pega correta para o aleitamento materno
Muitas mulheres acabam desistindo de amamentar seus filhos por acreditarem que o processo é difícil ou que machuca as mamas.
Mas, é importante salientar que quando há a pega correta do bebê, a mama não é machucada. Além disso, a amamentação protege a mulher contra desenvolver câncer de mama, sendo também uma ação com benefícios para a própria mãe.
Assim, a criança deve estar confortavelmente posicionada, com o queixo encostado no seio. Os lábios do bebê, virados para fora, como se estivesse fazendo uma “boquinha de peixe”. Por outro lado, o nariz não encosta no seio, para que o bebê consiga respirar normalmente.
Com o corpo do bebê voltado para a mãe, na hora da mamada, é essencial que o bebê consiga “abocanhar” grande parte da auréola da mama e não somente o mamilo.
De fato, se o bebê for sugar somente o mamilo, há grande chance de o mamilo sair machucado ou com fissuras.
No caso de fissuras, o próprio leite ajuda na cicatrização, bem como cremes à base de lanolina e exposição do mamilo ao sol.
Complicações do aleitamento materno quando a técnica não é correta
Visto que a técnica de amamentação nem sempre é realizada de maneira correta, algumas complicações podem surgir. A seguir, as principais e como resolvê-las:
Leite empedrado
Ocorre quando há estase do leite na glândula. Pode afetar mulheres que não estão conseguindo amamentar bastante ou então a produção do leite materno é maior que a demanda, sem que a mulher faça a ordenha.
Para cuidar desse problema, compressas mornas ajudam, até que a mama seja esvaziada pela amamentação.
Candidíase mamária
Infecção por fungos, do gênero Candida. Deve ser tratada com antifúngicos locais.
Mastite
Inflamação aguda da mama, causada por Staphylococcus aureus. Deve ser tratada com anti-inflamatórios e analgésicos. No caso de evolução para um abscesso mamário, deve ser feita a drenagem cirúrgica e antibioticoterapia.
Uma mulher só não pode amamentar seu filho quando está com uma doença infecciosa, como a presença do HIV, por exemplo. Mas, durante o pré-natal, orientações devem ser dadas à essa mãe, que pode contar com auxílio dos bancos de leite, por exemplo.
Assim, com raras exceções médicas, o aleitamento materno pode e deve ser incentivado, para que a criança tenha todos os seus benefícios.
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