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O que é a vacina BCG?
A vacina BCG é a vacina que protege contra a tuberculose. Ela possui esse nome devido ao bacilo utilizado em sua fabricação (Bacilo Calmette-Guérin), daí o nome BCG.
Essa vacina é muito importante, pois ela protege a criança das formas mais graves da tuberculose, a tuberculose miliar e a meningite tuberculosa, que podem levar o paciente a óbito.
De fato, a vacina BCG não impede a infecção nem a transmissão da doença, mas evita o desenvolvimento das formas graves e possivelmente letais da tuberculose.
Como a vacina BCG é feita?
Para a fabricação da vacina BCG, utiliza-se o bacilo atenuado, ou seja, um bacilo “enfraquecido”, que não consegue causar a doença, mas consegue estimular o sistema imunológico a produzirem anticorpos contra a tuberculose.
Assim, utilizam-se bactérias da estirpe do Mycobacterium bovis (o bacilo Calmette-Guérin), mas com carga viral atenuada.
Indicações
Crianças devem receber a vacina BCG, a primeira dose indicada logo após o nascimento, até 5 anos de idade.
Devido à sua importância, essa vacina faz parte do calendário de vacinas do Ministério da Saúde.
Além dos bebês e crianças, adultos que tiveram contato com portadores de hanseníase e estrangeiros vindos ao Brasil e que não foram vacinados em seus países, deverão também tomar a vacina.
Contraindicações
Existem poucas e restritas contraindicações à vacina BCG.
Dentre elas, estão prematuros com menos de 2 kg de peso. Nesses casos, espera-se o prematuro ganhar mais peso, chegar no mínimo a 2 kg e assim, apresentar melhor saúde para a aplicação da vacina.
Já mães que tomaram medicações que alteram o sistema imunológico, como imunossupressores, por exemplo, também não devem receber a vacina.
O mesmo vale para portadores de infecções generalizadas ou outras doenças que causam depressão do sistema imunológico.
Esquema de doses da vacina BCG
A primeira dose e única dose da BCG deve ser aplicada no recém-nascido ou na maternidade, ou no posto de saúde alguns dias após seu nascimento.
Proteção
Sabe-se que a proteção da vacina BCG é bastante robusta nos primeiros 3 anos de vida da criança, mas ainda não há estudos que demonstram que a proteção dure mais do que 15 anos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) não há evidências científicas que demonstrem que quem tomou a vacina BCG esteja mais protegido de outras doenças, como a COVID-19, por exemplo.
Como a vacina é administrada?
A vacina BCG deve ser administrada por injeção intradérmica, no braço direito do bebê. Bem no local de aplicação da vacina, a região ficará vermelha e levemente elevada nos primeiros dias.
Depois, surgirá uma pequena úlcera.
Então, no local da aplicação da vacina, surgirá uma cicatriz após 6 meses, o indicativo que a vacina foi aplicada e que a reação à vacinação foi positiva.
Ou seja, a formação da cicatriz no braço do bebê, no local de aplicação da vacina, é o indicativo que a vacina conseguiu estimular a reação imunológica no bebê.
No caso de bebês com menos de 12 meses de idade, é recomendada a dose de 0,05 mL e bebês com mais de 12 meses, a dose recomendada é de 0,1 mL.
Possíveis reações adversas
Reações adversas à vacina BCG não são comuns, mas podem acontecer. Porém, efeitos colaterais severos com essa vacina não são relatados na literatura científica.
No local da aplicação, pode surgir dor, vermelhidão e até inchaço, mas esses são sintomas que tendem a desaparecer com o passar dos dias.
Além disso, os gânglios linfáticos podem ficar inchados após a vacinação. Nesse caso, a criança deve ser observada e encaminhada ao médico pediatra para avaliação.
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