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Pupilas: saiba como avaliar
Você conhece os tipos de pupilas e como avaliar?
Nesse artigo, você irá aprender como avaliar as pupilas, quais são os tipos de pupilas, os objetivos de sua avaliação e a escala de Glasgow.
Portanto, a responsabilidade dessa avaliação está voltada para a equipe multiprofissional, como enfermeiros, técnicos em enfermagem e médicos.
É de extrema importância realizar essa avaliação de forma rigorosa, pois muitas doenças neurológicas são expressadas através de reações pupilares, e quanto mais rápido for diagnosticada, mais chances de tratamento o paciente possui.
Exame Neurológico
Com a avaliação das pupilas é possível verificar o funcionamento do cérebro, realizar a monitorização de lesões e de possíveis complicações.
As pupilas normais apresentam formas circulares, centradas e de diâmetro normais.
Avaliação das pupilas
- Reatividade;
- Simetria;
- Forma;
- Diâmetro.
Técnica para avaliação das pupilas
O reflexo foto motor das pupilas depende do nervo óptico e do nervo oculomotor.
- A foto reação é observada com o auxílio do foco de luz de uma lanterna.
- Deve-se fechar o olho do paciente;
- Aguardar alguns segundos;
- Logo após, devemos levantar rapidamente a pálpebra dirigindo o foco de luz diretamente sobre a área da pupila;
- Observar o resultado;
- Repetir do outro lado;
- Registrar em prontuário os dados obtidos.
Velocidade de reação
- Normal: constrição rápida;
- Alterações: constrição lenta, arreativa ou fixa.
Tipos de pupilas
- Isocóricas: são do mesmo tamanho e reagem à luz;
- Anisocóricas: quando apresentam tamanhos diferentes, ou seja, uma está contraída e a outra dilatada;
- Midríase: quando estas se apresentam grandes e dilatadas;
- Mióticas: quando ambas estão contraídas e não apresentam reação à luz.
A avaliação pupilar deve ser utilizada em toda avaliação neurológica, com intervalos regulares, principalmente nos pacientes que possuem patologias neurológicas, estes devem ser avaliados de hora em hora nas primeiras 12 horas ou conforme orientação médica.
Escala de Glasgow
A escala de Glasgow foi criada em 1974, por Jennett e Teasdale, professores de neurologia no Instituto de Ciências Neurológicas de Glasgow, na Escócia.
A unidade era líder em pesquisas sobre lesões cerebrais e o método de avaliação se tornou referência nesse campo.
Essa escala se baseia em uma avaliação de valor máximo de 15 pontos, divididos em três categorias, utilizada para estimar e categorizar os resultados de lesões.
Como ela é medida?
As funções avaliadas são:
- Resposta visual;
- Resposta verbal;
- Resposta motora.
Classificação da lesão
Lesão leve (Pontuação: 13-15)
É o tipo mais comum de avaliação em lesões cranioencefálicas.
Algumas pessoas que sofrem esse tipo de lesão sofrem com os seus sintomas por um ano ou mais.
Os sintomas incluem fadiga, dores de cabeça, tonturas, entre outros.
Lesão moderada (Pontuação: 9-12)
As lesões moderadas são caracterizadas pela perda de consciência por mais de 30 minutos e apresentam danos físicos ou cognitivos.
Lesão grave (Abaixo de 8)
Os pacientes que apresentam uma lesão com pontuação abaixo de oito (sendo três o valor mínimo) estão inconscientes, o que caracteriza o estado de coma, tendo a necessidade de intubação imediata.
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