Escalas de avaliação da dor em UTI

Tempo de leitura: 8 minutos

Avaliação da dor em UTI

Você conhece as escalas de avaliação da dor em Unidade de Terapia Intensiva?

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Hoje você irá conhecer as escalas de avaliação da dor, como é feita a mensuração, o gerenciamento da dor, a escala analgésica, o perfil dos pacientes, avaliação da dor, seu registro, tratamento e a reavaliação da dor de acordo com a escala utilizada.

Você sabe o que é uma UTI?

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma área do hospital destinado aos pacientes com situação de vida mais grave, ou seja, que necessitam de um cuidado mais complexo e sejam monitorizados por 24 horas de forma contínua.

Sendo assim, a avaliação da dor nesses pacientes deve ser realizada de forma criteriosa.

Contudo, para que essa avaliação seja feita com eficiência e eficácia, existem três tipos de escalas distintas de acordo com o estado e necessidade de cada paciente.

Mensuração da dor

O grande desafio ao realizar a avaliação da dor é por existir a necessidade de sua mensuração, pois a dor é, antes de tudo, subjetiva, variando individualmente em função de vivências culturais, emocionais e ambientais.

Portanto, a avaliação da dor é sempre necessária, não só para a escolha da forma mais adequada para o seu controle, como também analisar a necessidade de suporte psicológico específico.

Gerenciamento da dor

Com a finalidade de realizar uma avaliação da dor de forma eficaz, devemos seguir os 5 passos a seguir de forma rigorosa.

1. Avaliar a dor;

2. Registrar a dor;

3. Registrar o tratamento;

4. Reavaliar a dor;

5. Registrar a reavaliação.

Escala analgésica

  • Dor 1 – 3: administração de analgésicos simples, como (dipirona, paracetamol ou anti-inflamatórios não esteroides);
  • Dor 4 – 6: administração de opioide fraco, como (tramadol ou codeína), mais analgésicos simples;
  • Dor 7 – 10: administração de opioide forte, como (morfina, metadona, oxicodona ou fentanil), mais analgésicos simples.

Escalas de Avaliação da Dor

Escala Visual Analógica (EVA)

A Escala Visual Analógica consiste numa linha horizontal ou vertical, com 10 centímetros de comprimento, que tem assinalada numa extremidade a classificação “Leve” e na outra a classificação “Intensa“.

PACIENTE

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AVALIADOR

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Perfil do paciente

Essa escala de avaliação da dor deve ser realizada por pacientes lúcidos e orientados, que possuam a condição e estado adequado para realizar a marcação, pois somente dessa forma será possível tratar a dor de forma eficaz.

Avaliação da dor

O profissional de saúde explica ao paciente a escala numérica de avaliação da dor de modo que a nota 0 (zero) significa que o paciente não sente nenhuma dor e a nota 10 significa dor em seu nível máximo.

O paciente deverá fazer uma marcação no ponto que representa a intensidade da sua dor.

Posteriormente, mede-se em centímetros a distância entre o início da linha (que corresponde a zero) e o local assinalado, obtendo-se uma classificação numérica.

A avaliação da dor e o registo da sua intensidade é responsabilidade do profissional de saúde que está prestando a assistência ao paciente.

Essa avaliação tem que ser feita de forma contínua e regular, juntamente com os demais sinais vitais, como por exemplo: temperatura, frequência cardíaca, frequência respiratória e pressão arterial, com o objetivo de otimizar o cuidado e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Essa escala auxilia o profissional e o paciente a acompanhar sua melhora de acordo com a conduta analgésica tomada.

Registrar a dor

O paciente deve informar ao profissional qual o grau e o local exato de sua dor, para que o profissional possa  registrar em prontuário as informações recebidas, para que seja tomada a melhor conduta.

Registrar o tratamento

Após ser realizado o tratamento mais adequado de acordo com as necessidades do paciente, é importante fazer o registro das medidas tomadas para o alívio da dor, como por exemplo:

  • Física: termoterapia, crioterapia ou posicionamento corporal;
  • Comportamental: ambiente (temperatura, luz, som ou suporte emocional (psicologia, pastoral, família ou visitas);
  • Medicamentosa: analgesia não opioide;
  • Medicamentosa: analgesia opioide;
  • Deve-se realizar a anotação nos casos de impossibilidade de mensuração da dor, justificando o mesmo no prontuário do paciente.

Reavaliação da Dor

Para realizar a reavaliação da dor, é necessário seguir os seguintes passos:

  • Medicamentos administrados por via oral deve ser reavaliado em 1 hora;
  • Medicamentos administrados por via endovenosa, intramuscular e subcutânea deve ser reavaliado em 30 minutos;
  • Medicamentos opioides administrado por via injetável deve ser reavaliado em 30 minutos junto com os demais sinais vitais.

Escala de Avaliação da Dor em Demência Avançada (PAINAD)

É uma ferramenta simples, fácil de ser aplicada e apresenta uma lista de definições de cada um de seus itens. 

A pontuação total varia de 0 a 10 pontos baseada em uma escala padrão de dor.

Essa escala avalia o estado fisiológico e comportamental, como por exemplo:

  • A respiração;
  • A vocalização;
  • A expressão facial;
  • A linguagem corporal e consolabilidade.

Sua pontuação varia de 0 a 2 para cada uma das cinco áreas avaliadas, sendo que 0 (zero) equivale a menor intensidade e 2 (dois) a maior intensidade.

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Baixe a escala de PAINAD aqui.

Perfil do paciente

A Escala de PAINAD é utilizada para avaliação da dor em pacientes idosos, comatosos ou que possuam algum grau de demência e comprometimento cognitivo, que apresentam dificuldades para referir a dor.

No processo demencial, os pacientes podem deixar de interpretar sensações, como as dolorosas.

Na maioria das vezes, não conseguem recordar a dor ou não possuem a capacidade de comunicar verbalmente aos seus cuidadores, tornando difícil sua avaliação e mensuração.

Avaliação da dor

A avaliação da dor e o registo da sua intensidade é responsabilidade do profissional de saúde que está prestando a assistência ao paciente.

Essa avaliação tem que ser feita de forma contínua e regular, juntamente com os demais sinais vitais, como por exemplo: temperatura, frequência cardíaca, frequência respiratória e pressão arterial, com o objetivo de otimizar o cuidado e melhorar a qualidade de vida do paciente.

A interpretação da pontuação é feita da seguinte forma:

  • 1 a 3 pontos considera-se dor leve;
  • 4 a 6 pontos considera-se dor moderada;
  • 7 a 10 pontos considera-se dor severa.

Registrar a dor

Após aplicar a escala nesse perfil de paciente, o profissional deve registrar em prontuário as informações obtidas, para que seja possível realizar o melhor tratamento.

Registrar o tratamento

Após realizar o tratamento mais adequado ao paciente, é importante que seja feito o registro da conduta tomada para o alívio da dor.

Reavaliação da Dor

Para realizar a reavaliação da dor, é necessário seguir os seguintes passos:

  • Medicamentos administrados por via oral deve ser reavaliado em 1 hora;
  • Medicamentos administrados por via endovenosa, intramuscular e subcutânea deve ser reavaliado em 30 minutos;
  • Medicamentos opioides administrado por via injetável deve ser reavaliado em 30 minutos junto com os demais sinais vitais.

Escala Behavioural Pain Scale (BPS)

É uma escala de fácil interpretação, que possui pontos bem específicos para a avaliação da dor de forma completa e precisa.

Ela consiste na avaliação de três aspectos:

  • Expressão facial;
  • Movimentos corporais;
  • Tolerância à ventilação mecânica.

Essa escala permite definir a intensidade da dor entre 3 (nenhuma dor) e 12 (a maior intensidade de dor).

Cada indicador foi categorizado em quatro descrições do comportamento, indicando ausência de dor (pontuação 1) a um máximo de dor (pontuação 4). A pontuação total varia entre os 3 pontos (sem dor) e os 12 pontos (dor máxima).

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Baixe a escala de BPS aqui.

Perfil do paciente

A Escala de BPS é utilizada para avaliação da dor nos pacientes em uso de ventilação mecânica (VM).

Avaliação da dor

A avaliação da dor e o registo da sua intensidade é responsabilidade do profissional de saúde que está prestando a assistência ao paciente.

Essa avaliação tem que ser feita de forma contínua e regular, juntamente com os demais sinais vitais, como por exemplo: temperatura, frequência cardíaca, frequência respiratória e pressão arterial, com o objetivo de otimizar o cuidado e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Registrar a dor

Após aplicar a escala nesse perfil de paciente, o profissional deve registrar em prontuário as informações obtidas, para que seja possível realizar o melhor tratamento.

Registrar o tratamento

Após realizar o tratamento mais adequado ao paciente, é importante que seja feito o registro da conduta tomada para o alívio da dor.

Reavaliação da Dor

Para realizar a reavaliação da dor, é necessário seguir os seguintes passos:

  • Medicamentos administrados por via oral deve ser reavaliado em 1 hora;
  • Medicamentos administrados por via endovenosa, intramuscular e subcutânea deve ser reavaliado em 30 minutos;
  • Medicamentos opioides administrado por via injetável deve ser reavaliado em 30 minutos junto com os demais sinais vitais.

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