Tempo de leitura: 6 minutos
Índice
O que é câncer?
Câncer é um conjunto de doenças caracterizada por uma proliferação celular descontrolada e autônoma.
De fato, o câncer é o resultado de um desequilíbrio dos processos de proliferação e morte celular.
O câncer pode se desenvolver em todas as idades, sexo e regiões do corpo humano.
Há alguns tipos de câncer que são mais prevalentes na população. No caso do Brasil, o câncer de pele do tipo não-melanoma é o mais comum, seguido por câncer de mama e colo de útero na mulher.
Já no homem, o câncer de próstata, pulmão e intestino são os mais comuns.
Em relação à sua gravidade, existem alguns cânceres mais agressivos e outros menos. Quanto mais agressivo for o câncer, pior é o prognóstico para o paciente.
Dentre os cânceres mais agressivos, podemos citar o melanoma, câncer de pulmão de células pequenas e o câncer de pâncreas.
Em geral, para determinar a evolução do câncer, costuma-se estabelecer graus da doença (de 1 a 4), sendo o grau 4 o mais grave.
Causas
O que causa o câncer é ainda objeto de muito estudo, mas já se sabe que alguns fatores podem ser causais, de acordo com o tipo de doença.
Os fatores causais são alterações no DNA celular causadas por diversos fatores ou adquiridas ao longo da vida.
Essas alterações vão se acumulando ao longo dos anos, levando uma célula benigna se transformar em uma célula maligna.
O que caracteriza uma célula cancerosa, ou seja, maligna, é sua capacidade de multiplicação desenfreada e invasão dos tecidos adjacentes.
Infelizmente, o corpo humano, muitas vezes, não consegue frear o desenvolvimento acelerado dos tumores malignos, que são, na verdade, agrupamento de células cancerosas.
Conforme a origem do tecido do câncer, que também pode ser denominado neoplasia maligna (neo = novo; plasia = crescimento), o câncer recebe em sua denominação os seguintes nomes:
- Carcinoma: tem origem na pele ou nos tecidos que revestem os órgãos;
- Sarcoma: tem origem nos ossos, gordura, músculo, cartilagem, vasos sanguíneos ou tecido conjuntivo;
- Leucemia: tem origem em células imaturas da medula óssea;
- Linfomas: tem origem nos linfócitos;
- Mielomas: se origina nas células plasmáticas.
Fatores de risco
Alguns fatores podem aumentar o risco do desenvolvimento da doença.
Os mais conhecidos e estudados são:
-
Tabagismo;
-
Consumo de álcool;
-
Exposição à luz solar ou à radiação;
-
Dietas ricas em gorduras e pobres em fibras;
-
Infecções virais, como HPV e HIV ou bactéria H. pylori;
-
Predisposição genética;
- Envelhecimento;
- Obesidade.
Sintomas
Infelizmente, o câncer em sua fase inicial não costuma apresentar sintomas. Daí a importância dos exames preventivos, uma vez que esses exames conseguem detectar a doença ainda em estágio bastante inicial.
À medida que a doença evolui, alguns sintomas podem aparecer, dependendo do tipo de câncer e sua localização.
Assim, os indivíduos devem ficar alerta a sinais como perda de peso sem causa aparente e repentina, sangramentos, fraqueza, dificuldade de executar atividades diárias e aparecimento de nódulos, por exemplo.
Além disso, é importante sempre verificar alterações em pintas e mudanças no padrão da digestão.
O câncer se espalha à medida que cresce, invade os tecidos adjacentes. Além disso, com o passar do tempo, células cancerosas se desprendem do tumor maligno, atingem a corrente sanguínea e vasos linfáticos e se instalam em outras regiões do corpo.
Quando essas células cancerosas começam a se proliferar em outras regiões do corpo, distante do tumor original, temos o quadro denominado metástase.
Nesses casos, os sintomas passam a se manifestar também nas regiões nas quais há tumores metastáticos.
Diagnóstico
O diagnóstico precoce é sempre a melhor opção e somente exames preventivos podem diagnosticar alguns tipos de cânceres.
Por exemplo, o exame ginecológico de Papanicolau é bastante importante para diagnóstico de câncer do colo do útero, uma vez que células da região são raspadas e analisadas patologicamente.
Além disso, a mamografia, exame que deve ser obrigatório para a mulher anualmente acima de 40 anos, é um exame excelente para diagnosticar câncer de mama em estágio inicial.
Já outros exames, como colonoscopia e endoscopia são bastante úteis para diagnóstico de câncer de intestino e estômago, respectivamente.
Assim, é sempre ideal que o paciente passe por um check-up anual, no qual alguns exames gerais são solicitados.
Em caso da presença de sintomas, o médico deverá ser informado para que faça uma pesquisa melhor sobre o que pode estar acometendo aquele paciente.
Exames de imagem como ressonância magnética, por exemplo, também são bastante úteis para diagnóstico.
Mas, o que define exatamente o tipo de câncer e seu estadiamento é o exame anatomopatológico.
Nesse exame, é retirado um pedaço do tumor maligno através de uma biópsia e enviado para um laboratório de patologia, para que o tecido seja analisado.
Baseando-se no laudo anatomopatológico e exames de imagem, é então possível propor ao paciente um plano de tratamento.
Tratamento
O tratamento do câncer varia conforme seu tipo, estadiamento e até idade do paciente.
Mas, de maneira geral, podemos considerar alternativas de tratamento a quimioterapia, radioterapia e a cirurgia, conforme o caso.
A quimioterapia é a utilização de fármacos específicos para conter o crescimento do câncer. Já a radioterapia é a utilização da radiação para igualmente conter o crescimento do tumor maligno.
Em alguns tipos de cânceres a cirurgia é possível e é a melhor forma de tratar a doença. Já outros tipos não são possíveis de serem retirados cirurgicamente, em função de afetarem estruturas vitais.
Mas, o importante é que o câncer, quando descoberto em fase inicial, apresenta alta taxa de cura, com alta taxa de sobrevida ao paciente.
Dessa forma, é essencial que tanto pacientes quanto profissionais da área da saúde não subestimem sintomas ou a importância da prevenção.
E se você está em busca de mais informação e conhecimento inscreva-se em nosso canal do Youtube onde estamos semanalmente publicando conteúdos de qualidade para auxiliar na formação e desenvolvimento da sua carreira.