Choque Obstrutivo

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O que é choque obstrutivo?

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O choque é uma grave condição clínica no qual o organismo apresenta redução profunda e disseminada de perfusão tissular efetiva.

É importante que o choque seja rapidamente identificado e o tratamento instituído, para evitar que o paciente vá a óbito.

Existem diferentes tipos de choque, dentre eles o choque hipovolêmico (por redução do volume sanguíneo no corpo), choque cardiogênico (por alterações no tecido cardíaco), obstrutivo e distributivo.

Também o choque pode ser misto, quando há dois tipos de choques existentes ao mesmo tempo, no paciente.

O choque obstrutivo ocorre quando há redução do débito cardíaco secundário devido a um inadequado preenchimento ventricular.

Causas

As principais causas do choque obstrutivo são o tamponamento pericárdico, a embolia pulmonar maciça e pneumotórax.

O tamponamento pericárdico ocorre quando há acúmulo de sangue no pericárdio, prejudicando o enchimento cardíaco.

Já a embolia pulmonar é o bloqueio de uma ou mais artérias dos pulmões, causadas por diversos fatores, como gordura, ar ou coágulos, por exemplo.

Por último, o pneumotórax é a presença de ar entre as duas camadas da pleura, que é a membrana que recobre os pulmões, resultando em colapso dos pulmões.

No caso de alteração do enchimento diastólico, as causas são relacionadas a tumores obstrutivos intratorácicos, causando obstrução venosa direta.

Quando ocorre comprometimento da contração sistólica, que leva ao aumento da pós carga, pode ser causada, além da embolia pulmonar maciça, por hipertensão pulmonar aguda e dissecção da aorta.

Fatores de risco

Alguns fatores podem aumentar a predisposição ao choque obstrutivo. Entre esses fatores, podemos citar:

  • Trauma;

  • Doenças autoimunes;

  • Câncer;

  • Tuberculose (esses fatores em relação ao tamponamento pericárdico);

  • Hipertensão pulmonar aguda (em relação à embolia pulmonar);

  • Ventilação mecânica com altos valores de PEEP;

  • Síndrome da veia cava superior;

  • Tumores no mediastino (em relação à obstrução extrínseca ou de estruturas adjacentes ao coração).

Sintomas

É importante observar que alguns sintomas podem estar presentes, independentemente do tipo de choque que acomete o paciente.

De fato, o estado mental alterado é comum em todos os estados de choque.

O tempo de preenchimento capilar é prolongado e a pele se apresenta acinzentada e úmida. A excreção de urina é baixa.

Lóbulos das orelhas, nariz e extremidades se apresentam cianóticos. Dor torácica e dor na região do peito também podem estar presentes.

Dentre os principais sintomas, podemos mencionar hipotensão, taquicardia e sinais de hipoperfusão tecidual (taquicardia, taquipneia, extremidades frias, oligúria).

Outros sintomas podem estar presentes, devido à enfermidade subjacente ou falência secundária de órgãos.

Diagnóstico

Independente do tipo de choque, são necessários exames para o diagnóstico correto do quadro clínico do paciente.

Dentre os exames gerais, temos:

  • Hemograma, eletrólitos, glicemia e exame de urina;

  • Exames de raios-X;

  • Eletrocardiograma;

  • Ureia e creatinina;

  • TGO, TGP e bilirrubinas;

  • Gasometria venosa e arterial;

  • Lactato;

  • Enzimas cardíacas;

  • BNP;

  • D-dímero;

  • Ultrassom de abdômen.

Além disso, em alguns casos são necessários exames específicos:

  • Hemocultura;

  • Punção de liquor;

  • Tomografia computadorizada.

Um achado sugestivo de choque obstrutivo é a turgência da jugular, sem edema pulmonar.

Tratamento

O tratamento deve se basear no rápido atendimento, com restauração e manutenção da perfusão e da oferta de oxigênio aos órgãos vitais.

Assim, dependendo dos valores clínicos apresentados, o alvo é manter a hemoglobina maior que 8 g/dL.

Além disso, a saturação de hemoglobina deve-se manter superior a 90%.

Descoberta a causa base do choque obstrutivo, deve-se iniciar o tratamento adequado.

No caso de tamponamento pericárdico, a drenagem pericárdica, através de descompressão cirúrgica deve ser a preferida.

Já em casos de tromboembolismo pulmonar maciço, o tratamento consiste na rápida desobstrução da artéria pulmonar, através de trombolíticos ou pela embolectomia, indicara para pacientes que possuem contraindicação ao uso de trombolíticos.

A oxigenoterapia consiste na administracao de oxigenio suplementar com o intuito de elevar ou manter a saturacao de oxigenio acima de 90 corrigindo os danos da hipoxemia. - Choque Obstrutivo

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