Depressão: o que é, sintomas e como tratar

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Depressão

A depressão é uma doença, assim como diabetes ou pressão alta, por exemplo. Porém, a depressão enfrenta muitos desafios, visto que há muito preconceito em relação a se falar sobre isso e até em se buscar o tratamento adequado.

Não se deve sentir culpa ou medo de falar sobre ou ter depressão. Afinal, outras doenças não encontram essa mesma resistência. Assim, perceber que se tem a doença, receber o diagnóstico e buscar tratamento são passos importantes para quem busca ter qualidade de vida.

Embora seja uma doença, muitas pessoas confundem depressão com apenas estar triste. Todos passamos por momentos difíceis na vida, nos quais ficamos tristes por um tempo. Seja uma dificuldade vivida ou o falecimento de um ente querido, por exemplo.

Mas, com o passar do tempo, o ritmo normal de vida retoma e não há mais prejuízo para a vida dessa pessoa. Portanto, a depressão não é falta de força de vontade, ou preguiça ou pior ainda, não é falta de acreditar em Deus ou ter uma religião.

Pelo contrário, depressão é doença e necessita de diagnóstico e tratamento adequado.

Só no Brasil, são mais de 11 milhões de pessoas com depressão.

Sintomas da depressão

Conforme já dito, existe uma diferença entre estar triste e estar com depressão. Em momentos difíceis, todos ficamos tristes por um momento.

Porém, com o passar do tempo, a vida retoma ao normal. No caso da depressão, a tristeza é permanente e em resumo, a pessoa não apresenta mais prazer em fazer atividades que antes lhe davam prazer.

Além disso, um indivíduo com depressão costuma apresentar os seguintes sintomas:

  • Alteração do sono ou insônia;
  • Perda do apetite ou apetite extremamente voraz por tipos específicos de comida, como doces, por exemplo;
  • Perda ou ganho de peso, sem razões metabólicas aparentes;
  • Sensação de cansaço persistente;
  • Culpa excessiva;
  • Sensação de se sentir inútil;
  • Pensamentos repetitivos ou obsessivos sobre a morte;
  • Agitação excessiva ou retardo nos movimentos ou respostas;
  • Dificuldade de concentração.

Causas da depressão

Até o momento, a ciência ainda não desvendou porque algumas pessoas desenvolvem depressão e outras, mesmo quando passam por momentos de vida similares.

Há a influência familiar, ou seja, se você vive em um ambiente em que seus familiares têm depressão, existe chance maior de você desenvolver a doença. Mas, isso não é uma regra. Ou seja, não é porque seus familiares têm que você também terá depressão.

Quando há desequilíbrio nos mediadores químicos cerebrais, aumenta-se o risco de desenvolver a doença. De fato, indivíduos que já convivem com a depressão por longos anos, apresentam queda de mediadores químicos específicos.

Fatores de risco para depressão

Alguns quadros aumentam o risco para o desenvolvimento da doença. São eles:

  • Hereditariedade;
  • Doenças crônicas;
  • Consumo de álcool ou drogas;
  • Distúrbios do sono.

Diagnóstico

Para um diagnóstico correto de depressão, o paciente pode se consultar com um psiquiatra. Porém, é importante que outros médicos, de outras especialidades, se atentem aos sintomas e conversem com o paciente para ele/ela buscar tratamento.

Ainda há muita resistência de profissionais em encaminharem seus pacientes para o psiquiatra e também há resistência dos pacientes em consultarem um médico especialista em psiquiatria.

De fato, a depressão ainda enfrenta muitas barreiras para ser considerada uma doença que necessita de diagnóstico e tratamento.

Tratamento da depressão

O tratamento da depressão envolve uma tríada que deve ser considerada pelo paciente. Ou seja, não adianta apostar todas as fichas em um ponto só, pois o tratamento envolve a ação conjunta de três frentes.

1 – Medicamentos antidepressivos

Existe uma classe de medicamentos denominados antidepressivos. Cada um têm indicações específicas e age de uma determinada maneira.

Portanto, não adianta seguir recomendações de amigos, você precisa se consultar com um médico que prescreverá uma opção de medicamento, conforme o seu caso.

Além disso, é necessário feedback ao médico. Os antidepressivos geralmente demoram no mínimo 15 dias para começarem a surtir efeito no organismo.

Assim, o tratamento é longo e o paciente precisa relatar ao médico como está se sentindo com a prescrição. Dessa forma, o profissional poderá manter ou trocar o medicamento, conforme o caso.

2 – Terapia

A terapia faz parte do tratamento da depressão, é feita com um psicólogo. Existem diversas linhas de terapia – psicanálise, cognitiva, dentre outras.

Conforme o caso, uma linha é mais indicada para o paciente do que outra. As sessões de terapia variam de uma a duas vezes na semana, no início do tratamento, até ficarem mais espaçadas, à medida que o tratamento evolui.

3 – Prática de atividade física

Praticar exercícios físicos de maneira regular é essencial para o paciente com depressão. Por mais que ele/ela não goste, é essencial que o paciente busque uma atividade física prazerosa e mantenha a prática regular.

Após 15 minutos de atividade física, o organismo começa a produzir endorfina, um mediador químico que dá sensação de prazer. Isso é de suma importância para o paciente com depressão.

Por isso, insistir na atividade física regular faz parte do tratamento.

Não tratar a depressão vai diminuindo sensivelmente a qualidade de vida do paciente. Além disso, corre-se o risco de outros problemas surgirem, como aumentar o risco a suicídios.

A depressão tem tratamento. Dessa forma, é importante buscar auxílio médico e psicológico ao sentir os sintomas e ter aderência ao tratamento.

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