O que é a síndrome de Burnout?

Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, a síndrome de Burnout ganhou bastante destaque na pandemia de coronavírus, sobretudo em profissionais da área da Saúde.

Submetidos a um regime de trabalho puxado, os profissionais da área da Saúde foram testados ao máximo no ano de 2020 e continuam na linha de frente em 2021.

Assim, esse distúrbio psíquico passou a ser bastante diagnosticado, embora já seja um distúrbio descrito desde 1974 por um médico americano chamado Freudenberger.

Porém, outras profissões também estão submetidas a gerarem síndrome de Burnout, sobretudo aquelas nas quais há um relacionamento interpessoal intenso.

Nesse caso, além dos profissionais da área da Saúde, como enfermeiros e médicos, podemos citar professores, bombeiros, policiais, assistentes sociais e mulheres com dupla jornada, por exemplo.

Causas

Como causas principais para a síndrome de Burnout, podemos citar longas jornadas de trabalho.

Além disso, o medo e receio, causados por fatores ligados ao trabalho em si, como medo de se contaminar, medo da violência, por exemplo, podem potencializar a ansiedade ligada ao trabalho.

Uma vez que o indivíduo não consegue lidar bem com sua ansiedade, a síndrome se instala, trazendo esgotamento ao paciente.

Fatores de risco

Conforme já explicado, indivíduos que atuam na área da Saúde estão mais propensos a desenvolverem a síndrome de Burnout.

Mas profissionais que têm trabalhos que envolvem contato interpessoal frequente e intenso são mais propensos a desenvolverem a doença.

Além disso, indivíduos já com mais ansiedade e que apresentam maior dificuldade de lidar adequadamente com estresse e ansiedade, também tendem a sofrer com o problema.

O uso de café, energéticos, bem como o álcool, de forma frequente e aumentada, também contribui para o desenvolvimento da doença.

Sintomas

Os seguintes sintomas podem estar presentes em maior ou menor grau, conforme a síndrome de Burnout se instala:

Agressividade;
Isolamento (a pessoa não sente vontade de sair, encontrar amigos ou confraternizar);
Irritabilidade e mudanças repentinas de humor;
Dificuldade de concentração com lapsos de memória;
Pessimismo;
Baixa autoestima;
Depressão;
Sudorese;
Cansaço que não passa;
Dores de cabeça frequentes;
Dores musculares pelo corpo;
Dificuldade de dormir.

Diagnóstico da Síndrome de Burnout

Por ser uma patologia reconhecida e bem estabelecida, há tratamento indicado e oferecido pelo Sistema Único de Saúde para a síndrome de Burnout.

De fato, o indivíduo pode procurar uma Unidade Básica de Saúde, que o encaminhará ao profissional indicado e a centros de tratamento da rede pública.

O diagnóstico é feito por meio da história do paciente, seus sintomas e avaliação.

Inclusive, questionários baseados na escala de Likert também auxiliam para o correto diagnóstico.

Tratamento

Quando o diagnóstico é estabelecido, o tratamento inicia-se com a prescrição de antidepressivos e psicoterapia.

Além disso, também são recomendados diminuição do café, eliminação do álcool, atividade física constante e também atividades que auxiliam no relaxamento.

Yoga e meditação são altamente indicados para indivíduos que sofrem da doença, para que consigam lidar melhor com as pressões do dia a dia, bem como aliviar crises de ansiedade.

O tratamento pode ser longo e cada paciente apresenta uma evolução.

A escolha do antidepressivo, com sua dose ideal, também pode ser demorada.

Assim, é importante manter o foco no tratamento e não desistir. Todo distúrbio psiquiátrico possui tratamento e o paciente não pode desistir.

Por último, avalie como anda seu trabalho e suas atividades. Avalie sua jornada de trabalho e hábitos do dia a dia.

Muitas vezes, é necessário mudar a rotina e saber focar mais no seu bem-estar e não somente em outras atividades.

Por último, avalie como está sua relação com família, amigos, se seu dia é equilibrado e você encontra tempo para aliviar o estresse com atividades saudáveis.

Não hesite em buscar ajuda profissional.

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