História Da Vacina

Tempo de leitura: 6 minutos

VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DA VACINA?

A humanidade conseguiu evoluir e aumentar sua expectativa de vida muito devido às vacinas.

Com as vacinas, algumas doenças foram erradicadas e outras não atingem mais crianças nem deixam sequelas.

Portanto, as vacinas fazem parte da evolução humana e graças à pesquisa e ao estudo, pode-se notar a importância das vacinas atualmente.

Com o surgimento da pandemia do coronavírus, pode-se observar o quanto uma vacina é essencial para que os seres humanos consigam conviver e diminuir as mortes causadas pela COVID-19.

Mas, como surgiram as vacinas? É sobre a história da vacina que falaremos, confira!

Historia da vacina - História Da Vacina

O que é vacina?

A vacina é uma forma de imunização ativa. Existem diversas técnicas envolvidas, mas de maneira geral, é introduzido no indivíduo um vírus atenuado ou uma partícula viral, ou bacteriana, incapaz de causar doença no indivíduo.

Mas essa partícula ou vírus atenuado é capaz de induzir o organismo a produzir anticorpos contra aquela determinada doença.

Assim, quando o organismo entra em contato com o vírus ou bactéria causador da doença, já está protegido com os anticorpos e assim, não desenvolve a doença.

Existem várias doenças para as quais existe vacina. Dentre elas, podemos destacar a poliomielite, tétano, Hepatite B, HPV, coqueluche, sarampo, rubéola, febre amarela e difteria, por exemplo.

Além delas, há também vacinas contra a gripe (influenza).

Hoje, aguarda-se a vacinação em massa contra o coronavírus.

Como surgiram as vacinas?

A história da vacina inicia-se quando no século XVIII a varíola vitimava muitas crianças.

Na Inglaterra, na mesma época, em 1749 nascia Edward Jenner, que é reconhecido como o autor do princípio e da primeira vacina.

Mas, como surgiu a primeira vacina?

Edward Jenner, que era médico, também era, acima de tudo, um observador. Ele percebeu que pessoas que ordenhavam vacas e que se contaminavam com uma doença que as vacas tinham, denominada coxpox, não desenvolviam varíola.

Como a varíola atingia muitas pessoas, sobretudo crianças, na época, Jenner fez um experimento simples: pegou o pus de uma das lesões de uma ordenhadora, denominada Sarah Nelmes e a inoculou em um garoto de 8 anos de idade, denominado James Phipps.

James desenvolveu uma forma leve da doença do gado e em alguns dias estava curado.

Então, Jenner pegou o pus de uma pessoa que estava doente com varíola e inoculou em Phipps, que não desenvolveu a doença.

Tinha-se assim o primeiro caso de um indivíduo que adquiriu imunidade contra uma doença e surgiu o conceito de vacina.

A palavra vacina, inclusive, vem de “vaca”, que demonstra como surgiu a primeira vacina.

Jenner publicou suas ideias em “Um Inquérito Sobre As Causas E o Desenvolvimento da Varíola”, mas antes repetiu o procedimento em cerca de 100 pessoas e obteve o mesmo resultado.

As pessoas não desenvolveram a varíola.

Como toda invenção, essa também sofreu uma certa resistência da comunidade, mas logo percebeu-se a importância do fato e com isso, foi criado o primeiro instituto de vacina no mundo.

Primeiro instituto de vacinação no mundo é criado

Com as descobertas de Edward Jenner, foi criado na Inglaterra em 1799 o primeiro instituto de vacinação no mundo.

E na sequência, em 1800, a Marinha Britânica começou a vacinar seus exércitos.

No Brasil, a vacina chegou em 1804, por meio do Marquês de Barbacena.

Como é a vacinação no Brasil?

No Brasil, há o PNI (Plano Nacional de Imunização), orientado pelo Ministério da Saúde, o qual segue um calendário nacional de vacinas para crianças, adolescentes e adultos.

Quando o bebê nasce, algumas vacinas já são dadas na própria maternidade. Outras são dadas em Unidades Básicas de Saúde.

Algumas vacinas têm uma duração menor, como é o caso da vacina da gripe, que deve ser tomada anualmente.

Isso porque as cepas de vírus variam, conforme o ano e assim, essas vacinas necessitam ser atualizadas todo ano.

Já com outras doenças, como o tétano, as vacinas têm duração de 10 anos.

No Brasil, no Rio de Janeiro, em 1904, a cidade sofria com falta de saneamento básico.

Com medidas consideradas impopulares pelos governantes da época, Oswaldo Cruz tentou implementar a obrigatoriedade da vacina contra varíola.

Por total falta de informação da população, houve uma grande revolta contra essa obrigatoriedade, causando um motim denominado a Revolta da Vacina.

Um total de 30 pessoas morreram e o governo tornou a vacina obrigatória.

A desinformação nos movimentos antivacina

No início dos anos 90, foi publicado um estudo que associava vacina ao autismo. Esse estudo foi completamente absurdo e foi retirado da revista científica, uma vez que foi realizado de uma maneira completamente errada.

Mas, infelizmente, muitas pessoas passaram a ter medo e ignorância em relação à vacina. Começaram a surgir, sobretudo nos Estados Unidos, os chamados “movimentos antivacina”.

Com isso, os índices de vacinação no mundo todo caíram, fazendo com que doenças que antes estavam sob controle, passassem a preocupar novamente.

As vacinas são criadas por institutos sérios de pesquisa e somente são liberadas para a população após estudos em grupos populacionais e observação dos resultados.

No Brasil, em virtude da politização da pandemia, muitas pessoas se põe contra a vacinação, assim como no Rio de Janeiro também pessoas, por ignorância e viés político, se colocaram contra a vacinação da varíola.

Não porque temer as vacinas. Indivíduos se tornam adultos justamente porque seus pais ou cuidadores os levaram para serem vacinados. Assim, conseguiram não ter doenças graves que levam à morte como sarampo ou que trazem inúmeras sequelas como a paralisia infantil.

Por último, a humanidade só conseguiu sobreviver e evoluir em função de tantas doenças graças às vacinas.

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