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O que é linfoma não-Hodgkin?
Linfoma não-Hodgkin é um tipo de câncer que atinge as células do sistema linfático e se espalham de maneira não-ordenada.
O sistema linfático é composto por vasos pequenos, que redireciona a linfa, um líquido claro, o qual contém linfócitos, células de defesa.
Também compõe o sistema linfático os gânglios linfáticos (linfonodos), além de órgãos envolvidos na produção de linfócitos, como timo, baço e amígdalas, por exemplo.
É considerado um linfoma não-Hodgkin quando o câncer se espalha de maneira não-ordenada, podendo iniciar-se em qualquer lugar do organismo, ao contrário de um linfoma de Hodgkin, o qual se espalha de maneira ordenada de um grupo de linfonodos para outro.
Existem mais de 20 tipos diferentes de linfoma não-Hodgkin.
Sintomas
Dentre os sintomas mais comuns, pode-se citar:
- Linfonodos infartados, ou seja, inchados no pescoço, axilas ou virilha;
- Suores noturnos;
- Febre baixa;
- Coceira na pele;
- Perda de apetite;
- Cansaço inexplicável;
- Erupções cutâneas avermelhadas, espalhadas pelo corpo;
- Perda de peso (mais de 10%) sem causa aparente.
Fatores de risco
Alguns fatores aumentam o risco de desenvolvimento de linfoma não-Hodgkin. Dentre esses fatores, o envelhecimento é um deles, visto que o grande número de casos atinge indivíduos com mais de 60 anos.
Além disso, trabalhadores do meio rural, em contato constante com pesticidas e agrotóxicos também têm maiores riscos de desenvolver a doença.
Outras profissões de risco incluem trabalhadores de laboratórios de revelação de fotos, trabalhadores de cerâmica,
Portadores do vírus Epstein-Barr, HTLV e da bactéria Heliobacter pylori também apresentam risco aumentado de desenvolvimento de linfoma não-Hodgkin.
Números de linfoma não-Hodgkin no Brasil
Mais de 12 mil casos de linfoma não-Hodgkin são diagnosticados anualmente no Brasil, mais de 6 mil em homens e mais de 5 mil em mulheres.
Em relação aos óbitos, quase 5 mil óbitos relacionados de linfoma não-Hodgkin são registrados no Brasil por ano, sendo um pouco mais em homens do que em mulheres, dados de 2019.
Diagnóstico
Para o diagnóstico da doença, são necessários exames de sangue e também é feita uma biópsia do linfonodo, para verificar a presença de células cancerígenas. Exames de imagem como ressonância magnética também são utilizados para diagnóstico da doença.
Como qualquer tipo de câncer, o diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de cura da doença.
Esses exames são feitos para que o tipo exato de câncer seja diagnosticado. No caso do linfoma não-Hodgkin, existe a classificação do tipo e estágio do câncer, o qual direcionará o tratamento.
Tipos de linfoma não-Hodgkin
- Indolente: com crescimento lento, corresponde a 40% dos casos;
- Agressivo: com crescimento rápido, corresponde a 60% dos casos.
Os linfomas não-Hodgkin também podem diferir, conforme o tipo de células envolvidas. Assim, podem ser linfomas de células T (linfócitos), células B ou células NK. Por último, os linfomas não-Hodgkin de células B correspondem a 85% dos casos.
Estágios
- I: o linfoma está localizado somente em uma área do linfonodo ou órgão linfoide;
- II: o linfoma está localizado em 2 ou mais grupos de linfonodos, do mesmo lado (acima ou abaixo) do diafragma. Ou o linfoma se estende de um grupo de linfonodo para um órgão próximo;
- III: linfoma está localizado nos linfonodos acima e abaixo do diafragma;
- IV: linfoma se espalhou para pelo menos um órgão fora do sistema linfático, como pulmão ou fígado, por exemplo.
Tratamento
O tratamento do linfoma não-Hodgkin depende do seu tipo e também do seu estágio. Quanto mais avançado for o estágio, menor a chance de cura da doença. No estágio IV, quando já há metástase, o espalhamento do câncer para outros órgãos, as chances de cura são bem diminutas.
Assim, o tratamento baseia-se na quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. A imunoterapia é possível através de uma análise genética do tipo específico do câncer, para que o tratamento seja individualizado e focado naquele tipo individualizado de câncer.
Infelizmente, a imunoterapia ainda não está disponível para todos os pacientes, do Sistema Único de Saúde, por ser um tratamento de custo muito elevado.
Prevenção
A prevenção do linfoma não-Hodkin passa primeiramente pela remoção do contato contínuo com substâncias químicas. Além disso, é sempre importante ter uma vida saudável, com alimentação equilibrada, sem consumo de álcool e sem fumo.
Essas características ajudam a proteger não somente do linfoma, mas também de outros tipos de câncer.
Linfoma não-Hodgkin tem cura?
A possibilidade de cura de um câncer depende de quão cedo ele é diagnosticado. Assim, o diagnosticado precoce contribui bastante para a cura.
Assim, a taxa de sobrevida para linfomas não-Hodgkin em estágios iniciais é de 71% em 5 anos. Porém, muitas pessoas vivem bem mais do que 5 anos após o diagnóstico.
Alguns fatores contribuem para o prognóstico positivo da doença.
Prognóstico positivo
- Idade até 60 anos;
- Estágio I ou II;
- Indolente;
- Metástase somente em um linfonodo;
- Paciente consegue realizar suas atividades normalmente.
Prognóstico negativo
- Idade acima de 60 anos;
- Agressivo;
- Estágio III ou IV;
- Metástase nos linfonodos à distância;
- Paciente necessita de muita ajuda para realizar suas atividades normalmente.
Portanto, é essencial buscar diagnóstico médico quando algum dos sintomas surgir e se manter durante algumas semanas. Com o diagnóstico precoce, as chances de cura de todo câncer aumentam consideravelmente.
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