Tempo de leitura: 4 minutos
Índice
Convulsão: Tratamento E Causas
O cérebro funciona por meio de transmissão de impulsos elétricos, o que faz com que haja comunicação entre o cérebro, medula espinhal e demais regiões do corpo.
Isso deve ocorrer de maneira ordenada e coordenada.
Porém, em alguns casos, há interrupção abrupta desses impulsos elétricos ou há sobrecarga no sistema. Com isso, o indivíduo pode ter uma convulsão.
A convulsão ocorre em cerca de 2% de pessoas e devido a causas variadas.
Entretanto, muitas pessoas que têm uma convulsão em tenra idade, não passam por uma segunda convulsão. De fato, as convulsões também podem acontecer na idade adulta.
Causas De Convulsão
Independente do tipo de convulsão, suas causas podem ser variadas, mas, em geral, podem ser resumidas nos seguintes itens:
1 – Em crianças abaixo de 2 anos de idade
As causas mais comuns de convulsão em crianças de tenra idade são febres altas, chamada de convulsão febril, bem como falta de glicose no sangue (hipoglicemia) ou ainda deficiências metabólicas, como falta de vitamina B6, sódio, cálcio ou magnésio, por exemplo.
Quando a causa básica é controlada (temperatura normal restabelecida, fornecimento de glicose ou dos elementos em falta), não ocorrem mais convulsão.
Se a convulsão permanece, então sua causa pode estar associada a uma lesão ocorrida no parto, lesão cerebral ou ainda uma anormalidade metabólica hereditária e deve ser investigada.
2 – Crianças e adolescentes
Nesse grupo, a causa mais comum é a epilepsia, que deve ser diagnosticada o quanto antes para que o tratamento correto possa ser instituído.
3 – Adultos
No caso de adultos, as causas mais comuns envolvem um acidente vascular cerebral (AVC), presença de tumor no cérebro ou alterações como abstinência de álcool.
Quando não é possível identificar a causa, nomeia-se as convulsões como sendo idiopáticas.
Tipos De Convulsões
As convulsões podem ser divididas em dois grandes grupos: epiléticas e não-epiléticas.
No caso de convulsões epiléticas, elas são parte do chamado transtorno convulsivo ou epilepsia.
Essa é uma condição clínica patológica na qual as causas são desconhecidas (idiopáticas), mas podem estar ligadas a anormalidades estruturais no cérebro.
Geralmente, elas têm um gatilho (que com o tempo o próprio paciente, se tem interesse em perceber e entender sua doença, sabe o que é), que desencadeia a crise convulsiva.
Uma única convulsão não é considerada transtorno convulsivo.
Já as convulsões não-epiléticas são causadas por um quadro reversível ou a presença de uma infecção ou tumor cerebral. A convulsão febril, em crianças, é um tipo de convulsão não-epilética.
As convulsões também podem ser classificadas conforme a região do cérebro que a afetam.
Dessa forma, as convulsões podem ser:
- Convulsões Focais Perceptivas (limitadas a uma pequena região do cérebro);
- Convulsões Jacksonianas (iniciam em uma parte do corpo, subindo, com a pessoa consciente);
- Focais com percepção comprometida (se espalham para outras regiões do cérebro, mas a pessoa não fica inconsciente);
- Epilepsia parcial contínua (geralmente resultado de AVC nos adultos, tumores ou encefalite e sarampo, nas crianças);
- Convulsões de início generalizado (abrange ambas regiões do cérebro e afeta a consciência. Há vários subtipos)
- Tônico-clônicas;
- Clônicas;
- Tônicas;
- Atônicas;
- Mioclônicas;
- Crises de ausência
Conforme o tipo, há contração e relaxamento muscular, de várias partes do corpo, podendo incluir falta de controle urinário e intestinal, podendo atingir bebês, crianças ou adolescentes.
Tratamento
Para o correto tratamento, a primeira ação é o diagnóstico correto e precoce. Identificada a causa (no caso das convulsões não-epiléticas), procede-se ao tratamento de fornecimento do elemento que falta ou tratamento específico, no caso de lesões no parto ou tumores.
Se as convulsões não forem diagnosticadas e tratadas adequadamente, pode haver muitas sequelas, sobretudo físicas, caso o paciente não tenha apoio adequado durante um episódio convulsivo.
Quando não tratadas adequadamente, as convulsões têm duas mais vezes de probabilidade de levar à morte. Há, inclusive, a síndrome da morte súbita inesperada na epilepsia, que ocorre durante o sono.
Exames como eletroencefalograma são essenciais para medir a atividade elétrica cerebral e ajudar no tratamento.
Além disso, são realizados exames e o tratamento inclui eliminar a causa e prescrição de medicamentos anticonvulsionantes.
Em alguns casos, pode utilizar a neuroestimulação cerebral, com medicamentos anticonvulsionantes, como adjuvante no tratamento.
Com o tratamento adequado, na grande maioria dos casos, é possível manter a doença epilética controlada.
E se você está em busca de mais informação e conhecimento inscreva-se em nosso canal do Youtube onde estamos semanalmente publicando conteúdos de qualidade para auxiliar na formação e desenvolvimento da sua carreira.