Dislipidemia

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O que é dislipidemia?

A dislipidemia é o quadro no qual há altos níveis de lipídeos no sangue. Colesterol e triglicérides estão incluídos nesses níveis de lipídeos e altas concentrações no sangue podem elevar o risco de problemas de saúde para o indivíduo.

De fato, problemas como infarto e AVC podem ser causados pela obstrução de importantes artérias no organismo por placas de gordura e esses eventos podem acontecer devido à dislipidemia.

Causas

Existem dois tipos de dislipidemia: primária ou secundária.

Dislipidemia primária

Causada por fatores genéticos, ou seja, geralmente mãe ou pai (ou ambos) também apresentam altos níveis de lipídeos no sangue.

Dislipidemia secundária

Dislipidemia secundária é causada por outras doenças, tais como diabetes, uso de medicações, como corticoides, por exemplo.

Além disso, há razões causadas pelo estilo de vida sedentário e excesso no consumo de alimentos ricos de gordura.

Comer - Dislipidemia

Fatores de risco

Alguns fatores levam o indivíduo a ter maior quantidade de gordura no sangue.

Dentre esses fatores de risco, está o diabetes tipo 2, sobretudo quando a doença não é compensada adequadamente.

Isso porque pacientes com diabetes tipo 2 têm alterações no metabolismo de lipídeos. Portanto, nesses pacientes o tratamento para dislipidemia deve ser mais agressivo, com objetivo de reduzir os índices de complicações coronarianas e vasculares.

Outro fator de risco é a obesidade, uma vez que indivíduos obesos podem também ter alterações no metabolismo das gorduras no organismo.

Indivíduos que fumam, fazem uso frequente de álcool e são sedentários também têm maiores riscos de terem dislipidemias.

bebendo - Dislipidemia

Outros fatores de risco são o consumo frequente de anabolizantes e corticosteroides, que podem alterar o perfil lipídico do indivíduo.

Sintomas

A dislipidemia não apresenta sintomas, ou seja, o indivíduo não sente que está com o nível de gorduras no sangue elevado.

A única forma de diagnosticar esse quadro é através de exames de sangue.

Diagnóstico

Para o diagnóstico da dislipidemia, são necessários exames de sangue. Os exames medem os níveis plasmáticos de colesterol total e suas frações (HDL, LDL), além de triglicérides.

Exames - Dislipidemia

O colesterol HDL (High Density Lipoprotein), é chamado de “bom colesterol”, ou seja, responsável pela proteção das estruturas coronarianas.

Dessa forma, quanto mais alto o nível de HDL no sangue, mais protegido está aquele indivíduo.

Já o colesterol LDL (Low Density Lipoprotein), é chamado de “colesterol ruim”, sobretudo no subtipo de partícula menor, sendo um dos grandes responsáveis por eventos de infarto.

Assim, bem como os triglicérides, os níveis de LDL devem ser o mais baixos possíveis, para proteção do sistema cardiovascular do paciente.

Portanto, os valores ideais dos exames são:

  • Triglicérides: menos de 150 mg/dl = normal;
          • Até 199 mg/dl = moderado;
          • Até 499 mg/dl = alto;
          • Acima de 500 mg/dl = muito alto.
  • HDL: idealmente acima de 40 mg/dl;
  • LDL: idealmente abaixo de 100 mg/dl;
  • Colesterol total: idealmente abaixo de 200 mg/dl.

Triglicerides HDL LDL - Dislipidemia

Tratamento

O tratamento para dislipidemia envolve o diagnóstico correto e o estudo dos fatores de risco do indivíduo.

Primeiramente, é necessário ajuste da dieta do indivíduo, caso essa seja rica em gorduras. Além disso, é importante que o indivíduo pratique atividade física de maneira regular.

Eliminar o consumo de álcool e deixar de fumar também são passos importantes para melhorar a qualidade dos exames.

Porém, em indivíduos que já têm uma dieta saudável e praticam atividade física, as causas genéticas podem resultar em exames laboratoriais de valores plasmáticos elevados.

Nesses indivíduos, bem como em indivíduos com fatores de risco, como diabetes tipo 2 não compensado, o uso de medicações como estatinas pode resultar na melhora da dislipidemia.

Porém, o uso dessas medicações deve ser indicado e avaliado pelo médico cardiologista ou pelo endocrinologista.

Para quem não tem comorbidades ou fatores genéticos associados, a melhor maneira de prevenir a dislipidemia é a adoção de um estilo de vida saudável e prática regular de atividade física.

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