Leucemia

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O que é leucemia?

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Leucemia é o câncer dos glóbulos brancos, também chamados de leucócitos.

Os leucócitos são células ligadas ao sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo.

Diariamente, cerca de 100 milhões de leucócitos são produzidos pela medula óssea. Essas células também são destruídas diariamente, mantendo uma média de 4.000 a 11.000 de leucócitos por mililitro de sangue.

Quando o organismo é invadido por algum micro-organismo, como vírus e bactérias, a medula aumenta a produção de leucócitos para combater a infecção.

De fato, em casos de infecção a quantidade de leucócitos pode chegar até 20 mil por mililitro de sangue.

Mas a quantidade retorna ao normal quando a infecção é superada.

A leucemia ocorre quando há produção desenfreada de leucócitos defeituosos. Assim, a quantidade de linfócitos pode ultrapassar 100 mil por mililitro de sangue.

Como a leucemia se desenvolve?

Para entender o desenvolvimento da leucemia, temos que entender como surgem as células envolvidas nesse tipo de câncer.

No corpo humano, existem células precursoras, também chamadas de células-tronco.

Essas células darão origem a outras células.

Primeiramente, as células-tronco se dividem em dois tipos primários: células mieloides e células linfoides.

As células mieloides darão origem aos neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos, hemácias e plaquetas.

Já as células linfoides darão origem aos linfócitos T e B.

Portanto, existem diferentes tipos de leucemia, conforme as células afetadas.

Inclusive, embora as leucemias sejam considerados cânceres dos leucócitos, podem existir alguns tipos de leucemia mieloides que afetam hemácias ou plaquetas.

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Tipos de leucemia

Existem quatro tipos principais de leucemia: leucemia mieloide aguda, leucemia mieloide crônica, leucemia linfócita aguda e leucemia linfócita crônica.

Portanto, é possível entender que o tipo de leucemia dependem da linhagem que sofre transformação maligna.

Quando a leucemia é aguda, ocorre multiplicação de leucócitos jovens. Já as leucemias crônicas atinge os leucócitos maduros.

Quanto maior a idade da pessoa, maior o risco dela desenvolver leucemias crônicas. Já em crianças e adolescentes, as leucemias agudas são mais frequentes, embora também se desenvolvam em adultos.

Causas

A origem das leucemias ainda é desconhecida e objeto de muitas pesquisas. O que se sabe é que há fatores que aumentam o risco da doença se desenvolver.

Fatores de risco

Entre os fatores de risco ligados ao desenvolvimento das leucemias, estão:

  • Aspectos hereditários e genéticos;
  • Exposição à radiação;
  • Tabagismo;
  • Benzenos, formaldeídos e agrotóxicos.

Sintomas

Os sintomas dos diferentes tipos de leucemia são variados.

A anemia é o sintoma mais comum, em função da produção alterada de células pela medula óssea. No caso da leucemia linfócita aguda, a febre está sempre presente.

Mas outros sintomas como sangramento fácil, cansaço e falta de apetite também podem estar presentes.

Os linfonodos (gânglios) apresentam-se inchados. Além disso, há manchas roxas pelo corpo e dores nas articulações.

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Diagnóstico

O diagnóstico das leucemias é feito pelos médicos pediatra ou oncopediatra, em caso de crianças.

É sempre colhida a história do paciente, sintomas e alguns exames são solicitados. O hemograma, exame que demonstra a quantidade e tipo de células no sangue, é um exame que já desperta atenção para leucemias, quando mostra alterações nos leucócitos, por exemplo.

Mas o diagnóstico definitivo só é fechado com um exame de biópsia da medula óssea.

Tratamento da leucemia

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O tratamento de cada tipo de leucemia difere e seu prognóstico também. Em geral, quanto mais novo o paciente, maior a chance de cura, uma vez que a chance de cura em idosos é bem menor.

Vamos ver o tratamento dos principais tipos de leucemia.

Leucemia mieloide aguda

Essa é uma leucemia com baixa taxa de cura.

Seu tratamento envolve quimioterapia em duas fases, indução e consolidação.

Na indução, o objetivo é eliminar todas as células cancerígenas. Já na consolidação, o objetivo é impedir que a medula fabrique mais células defeituosas.

O transplante de medula óssea pode significar a cura.

Leucemia mieloide crônica

Afeta adultos entre 30 e 50 anos, sendo muito rara em crianças e adolescentes.

Possui três fases: crônica (tratamento é feito com medicamentos e pode durar anos, com boa resposta somente aos medicamentos); acelerada e blástica.

Na fase acelerada e blástica, a resposta ao tratamento não é satisfatória.

O medicamento mais utilizado nesse tratamento é a Imatiniba.

Nesse tipo, o transplante de medula bem-sucedido também representa a cura.

Leucemia linfóide aguda

É o tipo mais comum em crianças, com taxa de cura de 80%.

A quimioterapia é a base do tratamento, com fases de indução, consolidação e manutenção.

Leucemia linfóide crônica

Esse tipo de leucemia é o tipo mais comum em adultos. O tratamento quimioterápico é o mais indicado, uma vez que a doença tem evolução lenta.

O prognóstico é bom, mas quando a doença é mais agressiva, o tratamento é feito com quimioterapia e anticorpos sintéticos.

É importante que o diagnóstico seja feito com rapidez e o tratamento, seja inserido quanto antes, para que o prognóstico da doença seja o melhor possível.

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