Lúpus Eritematoso Sistêmico – Causas, Sintomas e Tratamento

Tempo de leitura: 4 minutos

O que é lúpus eritematoso sistêmico?

O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune, inflamatória e crônica. Seus sintomas podem ter progressão bastante lenta ou rápida e afetar diversos órgãos.

De fato, as mulheres entre 20 e 45 anos são as mais afetadas pela doença, que também pode atingir indivíduos em qualquer idade, sendo mais comuns em indivíduos mestiços ou afrodescendentes.

No Brasil, acredita-se que a doença afete ao menos 65.000 pessoas (uma a cada 1.700 mulheres).

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Causas

As causas do desenvolvimento de lúpus são genéticas. Não se sabe ao certo quais são os fatores genéticos envolvidos, mas sabe-se que há interação desses fatores genéticos com fatores ambientais e hormonais.

Assim, quando um indivíduo que já tenha uma tendência genética a desenvolver a doença entra em contato com fatores como irradiação solar ou infecções virais, por exemplo, há produção de determinados anticorpos, que atingem os próprios órgãos do indivíduo.

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Portanto, os sintomas também são bastante individuais, uma vez que há necessidade da produção de anticorpos específicos contra órgãos e cada indivíduo reage de uma forma quando tem ativação da parte genética pelos fatores ambientais.

Sintomas do lúpus eritematoso sistêmico

Os sintomas do lúpus eritematoso sistêmico são variados e individuais. Além disso, são variados, uma vez que há fases de atividade e remissão da doença.

Alguns sintomas gerais são bastante comuns tais como fadiga, desânimo, febre baixa, emagrecimento e perda de apetite.

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Há também inflamações na pele, na pleura (membrana que reveste os pulmões), nas articulações, rins, cérebro e também no músculo que envolve o coração (pericárdio).

Exames sanguíneos podem mostrar a diminuição de glóbulos vermelhos e brancos, em função da presença de anticorpos contra essas células.

Por último, crianças e adolescentes podem também apresentar linfonodos infartados (íngua), acompanhados de febre, o que pode ser confundido com outras doenças, como rubéola ou mononucleose.

Clinicamente, se observam manchas avermelhadas na pele, sobretudo nas maçãs do rosto e dorso do nariz (conhecida como lesões de asa de borboleta).

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Também encontra-se vasculite e sensibilidade à luz. De fato, as áreas de pele expostas à luz podem desenvolver manchas circulares.

Por último, alterações neuropsíquicas podem gerar convulsões, depressão e alterações de humor.

Diagnóstico

Com o reconhecimento de um ou mais dos sintomas descritos acima, é possível realizar o diagnóstico da doença.

Mas, os médicos costumam solicitar exames de sangue e de urina, cujos resultados característicos costumam ajudar a fechar o diagnóstico da doença.

Embora não exista um exame único, específico para lúpus, existe um exame denominado FAN (fator ou anticorpo antinuclear) que quando é positivo, com valores altos, permite o diagnóstico com mais certeza de lúpus.

Existem critérios desenvolvidos pelo Colégio Americano de Reumatologia os quais também ajudam no diagnóstico, embora o paciente não precisa se enquadrar em todos os critérios para que o diagnóstico seja positivo.

Os critérios são os seguintes:

  • Manchas vermelhas em forma de asa de borboleta na região malar e dorso do nariz;
  • Lesão discoide;
  • Úlceras orais;
  • Artrite;
  • Pleurite/endocardite;
  • Problemas renais (proteinuria maior que 0,5 mg/dia);
  • Convulsão ou psicose;
  • Alterações hematológicas (anemia hemolítica, leucopenia menor que 4000, linfopenia menor que 1500, trombocitopenia menor que 100000);
  • FAN positivo;
  • Presença de outros auto-anticorpos (antiDNA, antiSm, antifosfolipídeo).

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O diagnóstico diferencial deve ser feito em relação a algumas doenças, tais como Síndrome de Sjögren, esclerose sistêmica, artrite reumatoide, linfoma, Doença de Lyme e fibromialgia, por exemplo.

Tratamento

Para o tratamento de lúpus eritematoso sistêmico, o médico reumatologista avalia a gravidade dos sintomas.

Não existe cura para a doença, mas é possível reduzir a manifestação mais grave dos sintomas.

Uma medicação bastante utilizada no tratamento de lúpus eritematoso sistêmico é a hidroxicloroquina, mas quando sintomas estão presentes de forma mais grave, é necessária a administração de imunossupressores por via endovenosa.

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