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Você Sabe O Que É Sepse E Como Pode Ser Evitada?  

O Que É Sepse? Conhecida antigamente por septicemia, a sepse é conhecida atualmente como infecção generalizada e pode ser entendida como um conjunto de manifestações graves que acontecem tendo como origem uma infecção. 

Quando se fala de “infecção generalizada” não significa que a infecção está em todo organismo, mas sim que aquela infecção, localizada em um local do organismo, provocou uma reação tão exacerbada em todo organismo, que pode levar o paciente à morte. 

A sepse é a principal causa de mortalidade de pacientes internados em UTIs hospitalares.

Estima-se que 65% dos pacientes com sepse acabem falecendo, média essa muito superior à média mundial, que gira em torno de 30%. 

Então, pensando em fases, a sepse pode ter três fases, sendo a mais grave delas o choque séptico, no qual há queda da pressão arterial, podendo levar à falência múltipla dos órgãos e cujo risco de morte é bem maior que as fases anteriores. 

Sintomas De Sepse

Um quadro de sepse geralmente acomete pacientes hospitalizados e alguns sintomas, fora a infecção originária do quadro de sepse podem aparecer em algumas horas, dependendo do caso. 

Os principais sintomas associados à sepse são: 

• Febre alta; 
• Calafrios; 
• Falta de ar; 
• Respiração curta;
• Ritmo cardíaco acelerado;
• Confusão mental;
• Comprometimento de órgãos ou sistemas;
• Aumento do número de leucócitos; 
• Queda no número de plaquetas;
• Queda da pressão arterial (o que demonstra complicação do caso). 

Fatores De Risco 

Embora a sepse esteja mais frequentemente associada a quadros infecciosos de pacientes hospitalizados, qualquer pessoa pode ter sepse, mas há alguns fatores que predispõe seu aparecimento, como por exemplo, sistema imunológico debilitado e predisposição genética. 

Sendo assim, portadores de doenças crônicas, sobretudo não controladas, como o diabetes, estão mais propensos a desenvolverem sepse durante uma infecção, bem como pacientes que sofrem de insuficiência cardíaca e insuficiência renal. 

Além deles, portadores que fazem tratamento quimioterápico ou estão com câncer, pacientes com HIV ou que fizeram uso de drogas também possuem maior chance de desenvolver sepse. 

Outros fatores de risco para sepse são áreas extensamente queimadas, como em pacientes vítimas de queimaduras ou com grandes áreas que sofreram ferimentos, como em pacientes que sofreram acidentes automobilísticos, por exemplo. 

No entanto, em relação à idade, idosos são o grupo mais propenso ao desenvolvimento de sepse, bem como bebês prematuros e crianças menores de 1 ano de idade, justamente por terem seu sistema imunológico menos eficaz do que o de um adulto. 

Diagnóstico De Sepse 

A equipe hospitalar deve estar muito atenta aos sinais e sintomas de sepse, justamente para que o diagnóstico seja feito de maneira rápida.

Afinal, dependendo do quadro do paciente, a sepse pode evoluir rapidamente, levando aquele paciente a óbito. 

Desta forma, colher os sinais vitais do paciente durante intervalos de tempo preestabelecidos,  comparando com os valores ideais, bem como os resultados de exame de hemocultura e hemograma são fundamentais no diagnóstico de sepse. 

Além disso, a cultura de secreções respiratórias e exames de imagem, como exames de raios-X, ultrassonografia, tomografia e ressonância, podem ser bastante úteis para auxiliar no diagnóstico. 

Tratamento 

O tratamento de sepse é geralmente feito em unidades de terapia intensiva e, para isso, o diagnóstico rápido e início imediato do tratamento são fundamentais. 

Então, quando já se tem o diagnóstico da cultura, pode-se estabelecer a antibioticoterapia apropriada, mas caso contrário opta-se por antibióticos de largo espectro. Porém, em infecções fúngicas, esses medicamentos não tem efeito. 

Outros medicamentos também podem ser prescritos, para ajudar no quadro geral da infecção, como vasopressores e reposição de líquido via endovenosa. 

Em outros casos, outras medidas são necessárias, como hemodiálise, para ajudar os rins e até ventilação mecânica, para aliviar os pulmões. 

Prevenção 

Em termos de prevenção, é muito importante entendermos que nem toda infecção levará à sepse, mas que deve-se ter cuidados especiais com pacientes que tem saúde mais frágil ou a presença de comorbidades. 

De fato, algumas ações são importantes: 

• Lavar sempre bem as mãos; 
• Não usar antibiótico indiscriminadamente; 
• Não suspender o tratamento com antibiótico antes do seu fim; 
• Quando com febre alta em crianças, procurar ajuda médica imediatamente; 
• Manter doenças crônicas bem controladas; 
• Cuidado ao visitar doentes hospitalizados, sobretudo em UTIs, quando permitido, fazendo uso correto do equipamento de proteção individual. 

Dia Mundial Da Sepse 

O dia 13 de Setembro é designado como Dia Mundial Da Sepse, um dia dedicado à conscientização sobre o que é sepse e quais são as medidas que podem ser adotadas para evitá-la. 

Geralmente, nesse dia, são realizadas múltiplas ações em hospitais e em locais públicos para conscientizar a população sobre o que é sepse, seu desenvolvimento e medidas eficazes para preveni-la. 

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