Endometriose

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O que é endometriose?

A endometriose é uma doença caracterizada pelo crescimento do endométrio, sendo o tecido que reveste o interior do útero, para fora da cavidade uterina.

Todo mês, o endométrio fica mais espesso, para receber o óvulo fecundado pelo espermatozoide. Quando isso não ocorre, essa parte do endométrio se descama, levando à menstruação.

Porém, em alguns casos, um pouco desse tecido que deveria ser restrito ao interior do útero, invade ovários, trompas e até a região intestinal.

Estima-se que de 1% a 2% das mulheres em idade fértil apresentam endometriose.

Tipos de endometriose

1 – Endometriose pélvica

É o tipo mais comum, na qual células do endométrio migram para a parte inferior da cavidade abdominal, denominada pelve.

Assim, surgem lesões no peritônio, envolvendo a superfície uterina, trompas, ovários, superfície intestinal e bexiga, podendo envolver profundamente esses órgãos.

2 – Umbilical

Endometriose que se desenvolve a partir do umbigo, na região interna.

3 – Endometriose da parede abdominal

Pode ocorrer na parede abdominal, a partir de cicatrizes internas, como as cicatrizes de cesárea.

4 – Outras localizações

Mais rara, mas pode surgir endometriose em regiões como na cavidade torácica (pulmão).

Causas

As causas da endometriose não são totalmente esclarecidas. Mas, sabe-se que na forma mais grave, o sangue reflui através das tubas uterinas durante a menstruação e acabam se depositando em outros órgãos ou setores do organismo.

Também acredita-se que há uma causa genética e causas relacionadas ao sistema imunológico.

Fatores de risco para endometriose

Não se sabe porque algumas mulheres desenvolvem endometriose, mas a causa genética, ou seja, se há casos de endometriose na família, certamente pode contribuir.

Além das causas genéticas, o fato de primeira menstruação ser cedo na vida da mulher também pode contribuir para o surgimento da endometriose.

Outros fatores que também representam risco para endometriose são ciclos de menstruação curtos, assim como duração de fluxo menstrual aumentado e índice de massa corporal baixo.

Sintomas

O principal sintoma da endometriose é a dor. Essa dor se caracteriza por fortes cólicas abdominais que chegam a impedir a mulher de executar as atividades do dia a dia.

Além disso, outros sintomas também podem estar presentes:

  • Sangramento urinário ou intestinal, durante a menstruação;
  • Menstruação intensa e irregular;
  • Dor pré-menstrual;
  • Dor à penetração durante a relação sexual;
  • Fadiga e cansaço;
  • Infertilidade.

Diagnóstico

Para diagnosticar a endometriose, é importante que a mulher consulte seu ginecologista e faça consultas periódicas, sobretudo se apresenta algum dos sintomas descritos acima.

Assim, o ginecologista solicita, a princípio, um exame de ultrassom transvaginal, no qual é possível observar a cavidade uterina e os ovários.

Através desse exame, quando realizado por um profissional habilitado e experiente, até mesmo pequenas lesões de endometriose podem ser vistas.

Porém, para lesões pequenas, o exame de eleição é a ressonância magnética. De fato, a ressonância também é o exame eleito para casos de endometriose profunda ou quando há necessidade de planejamento cirúrgico.

Mas, a laparoscopia, também chamada de videolaparoscopia, é um procedimento bastante utilizado, tanto para diagnóstico, quanto para tratamento.

Na laparoscopia, é inserida uma cânula, através do abdômen, para visualizar as estruturas internas, bem como fazer pequenos procedimentos cirúrgicos.

Em exames de sangue, o diagnóstico diferencial deve ser visto com cuidado, visto que o marcador ca125, sempre usado para acompanhamento e diagnóstico de câncer, pode aparecer aumentado na endometriose, sendo isso considerado, muitas vezes, normal.

Tratamento

É essencial que a mulher busque tratamento para a endometriose, sobretudo se pretende engravidar, visto que a endometriose é a principal causa de dificuldade de engravidar de 50% das mulheres.

Trata-se de uma doença crônica. Muitas vezes, o tratamento envolve procedimentos cirúrgicos, para a retirada do tecido endométrico localizado em regiões não-naturais ao endométrio.

Portanto, mulheres que sentem fortes cólicas menstruais devem sempre buscar diagnóstico adequado.

Muitas mulheres optam por anticoncepcionais de uso contínuo para suspender a descamação do endométrio e assim, evitar as fortes cólicas. Mas, essa é uma opção e uma decisão que deve ser explicada e tomada, com o ginecologista.

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